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O desafio global da mortalidade materna: em 2023, uma mulher morreu a cada 2 minutos, aponta OMS

© Sputnik / Camila Bentancor SantanaManifestantes no Uruguai em defesa da Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez
Manifestantes no Uruguai em defesa da Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez - Sputnik Brasil, 1920, 07.04.2025
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Hoje, as mulheres têm mais probabilidade do que nunca de sobreviver à gravidez e ao parto, mas estima-se que 260.000 mulheres morreram como resultado desses processos em 2023, o equivalente a uma morte materna a cada dois minutos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o relatório da agência das Nações Unidas, houve um declínio global de 40% nas mortes maternas entre 2000 e 2023, em grande parte devido ao melhor acesso a serviços essenciais de saúde.
No entanto, o texto alertou para um retrocesso significativo, já que "cortes de ajuda sem precedentes estão sendo implementados em todo o mundo".
No documento, a OMS alertou que os cortes no financiamento humanitário estão tendo sérias repercussões nos cuidados de saúde essenciais em todo o mundo, forçando os países a reduzir serviços vitais de saúde materna, neonatal e infantil.

"Esses cortes levaram ao fechamento de instalações e à perda de profissionais de saúde, além de interromper as cadeias de suprimentos de medicamentos e suprimentos vitais, como tratamentos para hemorragias, pré-eclâmpsia e malária, que são as principais causas de mortalidade materna", disse a organização.

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Sem uma ação urgente, a organização estimou que mulheres grávidas em muitos países vão enfrentar sérias consequências, especialmente em contextos humanitários onde a mortalidade materna já é assustadoramente alta.
O relatório também fornece o primeiro relato global do impacto da pandemia de COVID-19 na sobrevivência materna.

Segundo dados da OMS, mais 40.000 mulheres morreram durante a gravidez ou o parto em 2021, elevando para 322.000 casos em comparação com os 282.000 no ano anterior.

Esse aumento está relacionado não apenas às complicações diretas causadas pelo coronavírus, mas também às interrupções generalizadas nos serviços de maternidade.
"Isso ressalta a importância de garantir esse tipo de cuidado durante pandemias e outras emergências, observando que mulheres grávidas precisam de acesso confiável a serviços de rotina e exames, bem como atendimento de urgência 24 horas", disse a agência da ONU.
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O documento também destaca a persistência das desigualdades entre regiões e países.
Apesar do progresso, a África Subsaariana foi responsável por aproximadamente 70% da carga global de mortes maternas em 2023.
Segundo o relatório, mulheres grávidas que vivem em emergências humanitárias enfrentam um dos maiores riscos do mundo: quase dois terços das mortes maternas ocorrem em países frágeis ou afetados por conflitos.

"Para mulheres nesses cenários, os riscos são assustadores: uma menina de 15 anos tem risco de um em 51 de morrer de uma causa materna em algum momento de sua vida, em comparação com um em 593 em países mais estáveis. Os maiores riscos estão no Chade e na República Centro-Africana (um em 24), seguidos pela Nigéria (um em 25), Somália (um em 30) e Afeganistão (um em 40)", diz o relatório.

Além de garantir serviços essenciais durante a gravidez, o parto e o período pós-natal, a OMS enfatizou a importância dos esforços para melhorar a saúde geral das mulheres, melhorando o acesso aos serviços de planejamento familiar e prevenindo condições de saúde subjacentes, como anemia, malária e doenças não transmissíveis, que aumentam o risco de morte.
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