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Poderia a guinada estratégica da China em direção ao Sul Global causar problemas aos EUA?

© AP Photo / Kin CheungHomem passa por uma casa de câmbio decorada com diferentes notas no Central, um distrito comercial de Hong Kong, em 10 de junho de 2019
Homem passa por uma casa de câmbio decorada com diferentes notas no Central, um distrito comercial de Hong Kong, em 10 de junho de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 10.04.2025
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As tarifas adicionais sobre os produtos chineses continuarão em vigor “até que cheguem a um acordo conosco”, disse nesta quarta-feira (9) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o jantar do Comitê Nacional Republicano do Congresso (NCRR, na sigla em inglês).
Mais cedo, Trump anunciou anunciou que vai limitar em 10% as tarifas a produtos em geral impostas a diversos países no anúncio que ficou popularmente conhecido como "tarifaço". Anteriormente, o percentual era de 20%.
Diante disso, a China poderia realizar uma rápida “recalibração" de seu comércio exterior em resposta à guerra tarifária iniciada pelo presidente americano, disse à Sputnik Paul Goncharoff, analista financeiro e diretor de pesquisa da empresa RPA (Russia Pivot to Asia).
Por que Washington deve se preocupar? O comércio entre a China e os BRICS já ultrapassa um trilhão de dólares. O comércio entre Pequim e Moscou atingiu um recorde de US$ 237 bilhões (R$ 1,4 trilhão) em 2024, segundo dados da alfândega chinesa.
A China diversificou seus mercados de exportação, e as exportações para os integrantes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês) aumentaram 12% no ano passado.
A iniciativa do Cinturão e Rota foi projetada para garantir múltiplas cadeias de suprimento, muitas das quais já estão em operação e nunca incluíram os Estados Unidos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, assina ordem executiva sobre Canadá e México com a réplica da taça da Copa do Mundo ao fundo. Washington, D.C., EUA, 4 de fevereiro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 09.04.2025
Panorama internacional
Trump eleva para 125% tarifas contra China e limita em 10% taxas impostas a outros países
Se a China aumentar suas exportações para mercados não americanos em 8,5% ao ano, poderá compensar toda a sua exposição ao volume de exportações para os EUA em apenas dois anos, explicou Goncharoff.
Em 2 de abril, Donald Trump assinou uma ordem executiva que impôs tarifas recíprocas aos parceiros comerciais dos Estados Unidos, incluindo uma tarifa de 34% à China, de 20% à União Europeia e de 24% às importações japonesas.
Depois que Pequim impôs tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos importados dos Estados Unidos, Trump declarou que aumentaria as tarifas sobre as importações chinesas em 50% e, mais cedo, em 125%, com efeito imediato.
"Em vez de resolver seus próprios problemas, Washington está tentando de todas as formas fugir de sua responsabilidade e transferir a culpa, recorrendo a tarifas, chegando até à chantagem e ao ultimato", disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, durante uma visita oficial de três dias à Rússia.
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