Relutância de Kiev em reconhecer a perda de territórios enfureceu a Casa Branca, diz mídia
12:08 23.04.2025 (atualizado: 12:21 23.04.2025)

© AP Photo / Thomas Padilla
Nos siga no
Segundo a mídia norte-americana, o cancelamento de última hora do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, significa que não haverá reunião de ministros das Relações Exteriores em Londres para as negociações de paz na Ucrânia, mas o enviado presidencial Steve Witkoff ainda irá a Moscou.
De acordo com o The Washington Post, a interrupção nas negociações ocorre em meio à relutância da Ucrânia em aceitar propostas de ceder território à Rússia, preferindo discutir um cessar-fogo completo primeiro. Conversas de nível inferior ocorreram em Londres, mas a reunião de ministros das Relações Exteriores foi cancelada.
"A interrupção ocorre em meio à raiva de Washington em relação à relutância da Ucrânia em aceitar propostas [...] para ceder território à Rússia e à preferência de Kiev de 'discutir um cessar-fogo completo primeiro e todo o resto depois'", diz uma fonte ao jornal.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, cancelou sua viagem a Londres, assim como Steve Witkoff, enviado especial e aliado próximo do presidente Donald Trump. Witkoff seguirá para Moscou nesta semana, enquanto o vice-presidente J. D. Vance, na Índia, alertou que os EUA vão abandonar os esforços de paz se Moscou e Kiev não chegarem a um acordo em breve.
O atual líder ucraniano Vladimir Zelensky rejeitou a sugestão de reconhecer a Crimeia como território russo em troca do fim dos combates, afirmando que isto violaria a Constituição do país, mas a proposta dos EUA diz respeito apenas ao reconhecimento norte-americano e não forçaria a Ucrânia a aceitar nada.
A equipe ucraniana seguiu para Londres, apesar do cancelamento da viagem de Rubio. O chefe de gabinete de Zelensky, Andrei Yermak, disse que a delegação estava pronta para continuar trabalhando pela paz. O Departamento de Estado minimizou a importância da decisão de Rubio de não comparecer à reunião, citando questões logísticas.
Os russos afirmaram que o fracasso das negociações em Londres mostrou a distância entre as posições ucraniana e norte-americana. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que ainda não foi possível conciliar posições sobre algumas questões, mas que o presidente Putin permanece aberto a contatos para a reconciliação.


