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Fracasso das negociações de Londres é estratégia dos EUA para pressionar Ucrânia, diz especialista

© AP Photo / Kin CheungO primeiro-ministro britânico, Keir Starmer (E), gesticula ao cumprimentar o líder ucraniano Vladimir Zelensky, na porta de Downing Street 10, em Londres, 1º de março de 2025
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer (E), gesticula ao cumprimentar o líder ucraniano Vladimir Zelensky, na porta de Downing Street 10, em Londres, 1º de março de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 24.04.2025
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O fracasso das negociações ministeriais em Londres sobre um acordo com a Ucrânia, no início desta semana, faz parte da estratégia dos EUA para exercer controle sobre o processo de paz e forçar concessões das partes, disse o professor de segurança internacional Edward Newman à Sputnik.
Na terça-feira (22), o Departamento de Estado dos EUA informou que o enviado especial Keith Kellogg representaria Washington na reunião em Londres, agendada para quarta-feira (23), mas que o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, não compareceria. Mais tarde, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido informou que as negociações sobre a Ucrânia em Londres, no nível de ministros das Relações Exteriores, haviam sido adiadas e ocorreriam em um nível inferior.

"Acredito que [o adiamento] faz parte da pressão dos EUA para tentar pressionar a Ucrânia e a Rússia a fazerem concessões, com a ameaça implícita de que, se qualquer um dos lados não assumir compromissos sérios para um acordo, correrá o risco de desagradar aos EUA. Também pode fazer parte da estratégia dos EUA de tentar exercer controle sobre o processo de resolução do conflito, tentando sinalizar que somente os EUA podem concluí-lo rapidamente", disse o professor da Universidade de Leeds, no Reino Unido, Edward Newman.

Essa situação também pode ser uma tentativa de Washington de demonstrar o que aconteceria se decidisse abandonar os esforços de mediação, além de ter prejudicado o governo do Reino Unido como anfitrião e certamente sua eficácia.
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"Além disso, a medida pode ser vista como um sinal de que os EUA acreditam que as negociações 'reais' ocorrerão em Moscou, diretamente entre os EUA e o presidente [russo Vladimir] Putin. Novamente, é uma tentativa de demonstrar o controle dos EUA sobre o processo", acrescentou o professor, afirmando que vê o adiamento como "uma evidência da discórdia entre Washington e as capitais europeias".

Ainda ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, condenou as declarações "incendiárias" do líder ucraniano Vladimir Zelensky, sobre a recusa de Kiev em reconhecer a Crimeia como parte legítima da Rússia enfatizando que tais declarações são prejudiciais às negociações de paz e podem prolongar ainda mais o conflito.
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