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Putin e o decreto do novo cessar-fogo pelo Dia da Vitória: Kiev aceitará ou reagirá durante trégua?
Putin e o decreto do novo cessar-fogo pelo Dia da Vitória: Kiev aceitará ou reagirá durante trégua?
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Em mais um cessar-fogo anunciado pelo presidente Vladimir Putin nesta segunda-feira (28), as operações militares na Ucrânia ficarão suspensas entre os dias 8 e... 28.04.2025, Sputnik Brasil
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O anúncio acontece em meio à expulsão das tropas ucranianas da região de Kursk, invadida no ano passado, e que, na época, era vista com "grande expectativa" pelos fiadores ocidentais do regime de Vladimir Zelensky. O analista militar e autor do livro "Guerra na Ucrânia: o conflito militar que está mudando a geopolítica mundial", Rodolfo Laterza, afirmou ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, que a medida é mais uma demonstração dos esforços da Rússia para alcançar um acordo de paz duradouro na região, ao contrário de Kiev.Para o especialista, com a vantagem russa cada vez maior sob o ponto de vista tático e operacional no conflito, é possível propor uma trégua temporária que também vai mostrar ao governo norte-americano a intenção de desescalada por Moscou."É absolutamente improvável que haja, primeiramente, adequação, conformidade e observância de qualquer cessar-fogo e, principalmente, proposição de acordo de paz de forma duradoura e efetivamente resolutiva pelo regime de Kiev, tal como foi mostrado com a suspensão dos ataques à infraestrutura energética pela Rússia, na qual houve dezenas de violações por parte da Ucrânia, com ataques de drones a instalações petrolíferas, subestações de energia e a continuidade de ataques a assentamentos civis em Kursk e Belgorod, por exemplo", afirma.A quem pertence a Crimeia hoje?Território que voltou a fazer parte da Rússia em 2014, a Crimeia reconhecida como parte da Federação da Rússia é uma das condições para que um acordo de paz seja fechado. Enquanto Vladimir Zelensky chegou a declarar que a Ucrânia não tem poder militar para garantir a retomada do controle da região, o regime de Kiev ainda não deu demonstrações de que irá aceitar a condição como parte de um cessar-fogo definitivo. O analista militar lembrou que a Ucrânia já deixou claro que não vai aceitar a proposta, mesmo com a pressão do presidente norte-americano, Donald Trump.Europa e os protestos pelo fim do conflito ucranianoNo último fim de semana foram registrados protestos na França que exigiram a renúncia do presidente Emmanuel Macron, um dos principais apoiadores de Zelensky na Europa, e também o fim do conflito na Ucrânia. Porém, para o analista militar, a situação está longe de representar qualquer mudança na União Europeia.Apesar disso, Laterza acredita que o bloco não possui condições para substituir o apoio militar e financeiro deixado pelos Estados Unidos já nas primeiras semanas após a posse de Trump. "A União Europeia tem sérios problemas orçamentários, de dívidas, de problemas em relação à manutenção do seu estado de bem-estar social, estagnação econômica e crise energética. Então não há condições, através do seu complexo industrial militar, para prover as necessidades materiais da Ucrânia para a continuidade do conflito até o último ucraniano, que é a estratégia do regime de Kiev conjunta com os britânicos", finalizou.
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Putin e o decreto do novo cessar-fogo pelo Dia da Vitória: Kiev aceitará ou reagirá durante trégua?
19:42 28.04.2025 (atualizado: 20:26 28.04.2025) Especiais
Em mais um cessar-fogo anunciado pelo presidente Vladimir Putin nesta segunda-feira (28), as operações militares na Ucrânia ficarão suspensas entre os dias 8 e 11 de maio. A medida acontece por conta das celebrações na Rússia pelos 80 anos do Dia da Vitória, data em que as tropas nazistas foram derrotadas na Segunda Guerra Mundial.
O anúncio acontece em meio à
expulsão das tropas ucranianas da região de Kursk, invadida no ano passado, e que, na época, era vista com "grande expectativa" pelos fiadores ocidentais do
regime de Vladimir Zelensky. O analista militar e autor do livro "Guerra na Ucrânia: o conflito militar que está mudando a geopolítica mundial", Rodolfo Laterza, afirmou ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, que a medida é mais uma demonstração dos esforços da Rússia para
alcançar um acordo de paz duradouro na região, ao contrário de Kiev.
"O cessar-fogo propõe justamente uma moratória em toda a linha de frente de ataques e de operações ofensivas, também o não uso de ataques à retaguarda, principalmente infraestrutura crítica, e duraria três dias. Só que isso basicamente tem um efeito declaratório que mostra intenções de desescalar, mas o regime de Kiev não vai aceitar. A trégua da Páscoa mostrou isso. E, do ponto de vista tático, existem riscos para o regime de Kiev se reagrupar e tentar alguma ação provocativa, principalmente na longa fronteira da Rússia com a Ucrânia", explica.
Para o especialista, com a vantagem russa cada vez maior sob o ponto de vista tático e operacional no conflito, é possível propor uma trégua temporária que também vai mostrar ao governo norte-americano a intenção de desescalada por Moscou.
"É absolutamente improvável que haja, primeiramente, adequação, conformidade e observância de qualquer cessar-fogo e, principalmente, proposição de acordo de paz de forma duradoura e efetivamente resolutiva pelo regime de Kiev, tal como foi mostrado com a suspensão dos ataques à infraestrutura energética pela Rússia, na qual houve dezenas de violações por parte da Ucrânia, com ataques de drones a instalações petrolíferas, subestações de energia e a continuidade de ataques a assentamentos civis em Kursk e Belgorod, por exemplo", afirma.
A quem pertence a Crimeia hoje?
Território que voltou a fazer parte da Rússia em 2014, a Crimeia reconhecida como parte da Federação da Rússia é uma das condições para que um acordo de paz seja fechado.
Enquanto Vladimir Zelensky chegou a declarar que a Ucrânia não tem poder militar para garantir a retomada do controle da região, o regime de Kiev ainda não deu demonstrações de que irá aceitar a condição como parte de um cessar-fogo definitivo. O analista militar lembrou que a Ucrânia já deixou claro que não vai aceitar a proposta, mesmo com a
pressão do presidente norte-americano, Donald Trump.
"Também não irá aceitar a incorporação das regiões de Lugansk, Donetsk e Kherson, em conformidade com as reivindicações russas, e também até com a proposta feita pelo governo Trump. O regime de Kiev também não irá aceitar qualquer limitação em relação ao fornecimento de armas, à preparação das Forças Armadas para ações ofensivas contra a Federação da Rússia. Ao contrário, há previsão de novas escaladas pelo governo ucraniano para estabelecer posições demonstrativas e de continuidade de luta em relação ao público ocidental, aos seus patrocinadores ocidentais, principalmente os britânicos e os países bálticos", resume.
Europa e os protestos pelo fim do conflito ucraniano
No último fim de semana foram registrados protestos na França que exigiram a renúncia do presidente Emmanuel Macron, um dos principais
apoiadores de Zelensky na Europa, e também o fim do conflito na Ucrânia. Porém, para o analista militar, a situação está longe de
representar qualquer mudança na União Europeia.
"A burocracia de Bruxelas é quem direciona a política externa da União Europeia, e seus principais mantenedores são França e Alemanha, que, no caso, têm uma postura absolutamente favorável à continuidade do conflito com o apoio da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Então precisamos entender que, ainda que uma parcela da sociedade desses países critique a continuidade do apoio militar e econômico à Ucrânia, ainda está distante que isso reflita uma mudança política", diz.
Apesar disso, Laterza acredita que o bloco não possui condições para substituir o apoio militar e financeiro deixado pelos Estados Unidos
já nas primeiras semanas após a posse de Trump. "A União Europeia tem sérios problemas orçamentários, de dívidas, de problemas em relação à manutenção do seu estado de bem-estar social, estagnação econômica e crise energética. Então não há condições, através do seu complexo industrial militar, para prover as necessidades materiais da Ucrânia para a continuidade do conflito até o último ucraniano, que é a
estratégia do regime de Kiev conjunta com os britânicos", finalizou.
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