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'É geopolítica disfarçada': por que os carros chineses são tão criticados no Ocidente?

© AP Photo / Mark SchiefelbeinParticipantes tiram fotos do carro elétrico E-Seed durante coletiva de imprensa da montadora chinesa BYD no Salão do Automóvel da China. Pequim, 25 de abril de 2018
Participantes tiram fotos do carro elétrico E-Seed durante coletiva de imprensa da montadora chinesa BYD no Salão do Automóvel da China. Pequim, 25 de abril de 2018 - Sputnik Brasil, 1920, 12.06.2025
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Os automóveis elétricos de origem chinesa são confiáveis e acessíveis por duas razões fundamentais: são o resultado de uma orientação política de longo prazo e de pesquisa e desenvolvimento incessantes por parte das empresas, afirma o jornal Global Times em um editorial que aborda as críticas aos carros do Ocidente.
Segundo o texto, meios de comunicação ocidentais têm se dedicado a repetir a ladainha de que há "preocupações com pirataria informática" nos carros da BYD, companhia que está prestes a lançar seu novo modelo no Reino Unido por um preço inicial de US$ 23 mil (R$ 166 mil).
De acordo com a mídia chinesa, "para alguns no Ocidente, a ascensão dos veículos elétricos chineses já não é vista como sinal de progresso, mas sim como uma espécie de invasão".

"Aparentemente, se um avanço tecnológico não vem do Ocidente, não é considerado progresso. Se uma inovação ecológica tem origem na China, ela é rebatizada como infiltração. Isso é geopolítica disfarçada", argumenta o Global Times.

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O editorial destaca que o incômodo dos países ocidentais nada mais é do que sua resistência às regras de um novo jogo.

"O que realmente os preocupa não é a 'cibersegurança', e sim a erosão de seu domínio sobre a narrativa do mercado global", afirma.

Além disso, o Global Times recorda que o crescimento de empresas como a BYD não é uma casualidade nem ocorreu "da noite para o dia".

"É resultado de uma orientação política de longo prazo e de pesquisa e desenvolvimento incessantes por parte de empresas como a BYD. A companhia investiu bilhões ao longo dos anos, alcançando avanços em tecnologia de baterias, manufatura inteligente e eficiência energética […]. O que os meios de comunicação ocidentais descrevem como dumping é, na verdade, o resultado natural de uma inovação constante, e não de subsídios desproporcionais ou guerras de preços artificiais", conclui.

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