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Putin e Trump: reunião serviu para reposicionar relações bilaterais, afirma especialista
Putin e Trump: reunião serviu para reposicionar relações bilaterais, afirma especialista
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, se encontraram nesta sexta-feira (15) no Alasca, em uma reunião que... 15.08.2025, Sputnik Brasil
2025-08-15T22:58-0300
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A análise é da professora Raquel dos Santos, especialista em relações internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF), que destacou à Sputnik Brasil o simbolismo do encontro, mais do que seus resultados práticos. O próximo encontro, inclusive sugerido por Putin, poderá ser em Moscou."É um encontro de mais de duas horas, em que Trump e Putin vêm a público e basicamente tecem elogios um ao outro", afirmou Raquel. A escolha do local da reunião, inicialmente cogitada para ocorrer nos Emirados Árabes Unidos e depois realocada de forma repentina para o Alasca, também foi interpretada como estratégica. "O Alasca está próximo do Ártico, uma região importantíssima e estratégica para ambos os Estados, tanto em termos militares quanto de recursos", observou.Segundo ela, ainda que a crise ucraniana tenha sido o pano de fundo, o foco da conversa não se limitou ao conflito. A analista acredita que a presença de representantes dos setores econômicos e comerciais de ambos os países, a exemplo de Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês), e Howard Lutnick, secretário do Comércio dos EUA, indica que o encontro foi também uma tentativa de reabrir canais para cooperação econômica.Putin, segundo Raquel, lamentou o afastamento dos países desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, e reforçou o desejo de uma "resolução de longo prazo". Ainda assim, a especialista reconheceu que não há, neste momento, uma base concreta para o fim do conflito. "Ele mesmo já traz esse ponto, falando sobre a questão de que as causas primordiais do conflito precisam ser sanadas", sublinhou.Trump, por sua vez, reiterou a possibilidade de retomada das relações bilaterais. "Alguns representantes já falam em um reboot, em um reset. Ou seja, vamos recomeçar essas relações."Apesar do tom amigável, Raquel destaca que o encontro teve efeitos distintos sobre cada líder. "Para Putin, acredito que ele sai com uma perspectiva mais vitoriosa, porque pode ter conseguido ganhos em termos de cooperação econômica, tecnológica e espacial."A professora também relembrou que, antes, EUA e Rússia colaboravam em importantes projetos, como a Estação Espacial Internacional (EEI). Essa cooperação, no entanto, foi prejudicada por uma série de sanções econômicas e tecnológicas impostas a Moscou e a figuras centrais do governo russo.O analista internacional Ricardo Cabral, editor do canal História Militar em Debate e coautor do livro "Guerra na Ucrânia: análises e perspectivas", também avalia o encontro como positivo, pelas três horas de conversa e dadas também as características de Trump."Se fosse coisa ruim, o Trump já estaria reclamando, a reunião seria rápida […] — nós conhecemos o estilo dele, ele já estaria anunciando sanções. E, ao que parece, até o momento, isso não está no radar."Segundo ele, a tendência agora é que o presidente americano tenha uma conversa com o ucraniano Vladimir Zelensky e aliados europeus.O saldo da reunião, segundo a analista internacional, foi mais simbólico do que efetivo. "Temos uma fala muito vaga em termos do conflito, mas ela denota outro aspecto: essa reunião não discutiu apenas a Ucrânia, ela também serviu para reposicionar as relações bilaterais."Em meio às conversas com seu homólogo russo nesta sexta-feira, Donald Trump disse que talvez só pense na questão de aumentar a pressão das sanções contra a Rússia em duas ou três semanas."Por causa do que aconteceu hoje, acho que não preciso pensar nisso agora. Talvez precise pensar nisso em duas ou três semanas, algo assim, mas não precisamos pensar nisso agora", disse ele à Fox News.
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Putin e Trump: reunião serviu para reposicionar relações bilaterais, afirma especialista
22:58 15.08.2025 (atualizado: 14:48 20.08.2025) Especiais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, se encontraram nesta sexta-feira (15) no Alasca, em uma reunião que, embora tenha gerado grande expectativa por um possível cessar-fogo na Ucrânia, terminou sem grandes anúncios.
A análise é da professora Raquel dos Santos, especialista em relações internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF), que destacou à Sputnik Brasil o
simbolismo do encontro, mais do que seus resultados práticos. O próximo encontro, inclusive sugerido por Putin, poderá ser em Moscou.
"É um encontro de mais de duas horas, em que Trump e Putin vêm a público e basicamente tecem elogios um ao outro", afirmou Raquel. A escolha do local da reunião, inicialmente cogitada para ocorrer nos Emirados Árabes Unidos e depois realocada de forma repentina para o Alasca, também foi interpretada como estratégica. "O Alasca está próximo do Ártico, uma região importantíssima e estratégica para ambos os Estados, tanto em termos militares quanto de recursos", observou.
Segundo ela, ainda que a crise ucraniana tenha sido o pano de fundo, o foco da conversa não se limitou ao conflito. A analista acredita que a presença de representantes dos setores econômicos e comerciais de ambos os países, a exemplo de Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês), e Howard Lutnick, secretário do Comércio dos EUA, indica que o encontro foi também uma tentativa de reabrir canais para cooperação econômica.
Putin, segundo Raquel, lamentou o afastamento dos países desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, e reforçou o desejo de uma "resolução de longo prazo". Ainda assim, a especialista reconheceu que não há, neste momento, uma base concreta para o fim do conflito. "Ele mesmo já traz esse ponto, falando sobre a questão de que as causas primordiais do conflito precisam ser sanadas", sublinhou.
Trump, por sua vez, reiterou a possibilidade de
retomada das relações bilaterais. "Alguns representantes já falam em um reboot, em um reset. Ou seja, vamos recomeçar essas relações."
Apesar do tom amigável, Raquel destaca que o encontro teve efeitos distintos sobre cada líder. "Para Putin, acredito que ele sai com uma perspectiva mais vitoriosa, porque pode ter conseguido ganhos em termos de cooperação econômica, tecnológica e espacial."
A professora também relembrou que, antes, EUA e Rússia colaboravam em importantes projetos, como a Estação Espacial Internacional (EEI). Essa cooperação, no entanto, foi prejudicada por uma série de sanções econômicas e tecnológicas impostas a Moscou e a figuras centrais do governo russo.
O analista internacional Ricardo Cabral, editor do canal História Militar em Debate e coautor do livro "Guerra na Ucrânia: análises e perspectivas", também avalia o encontro como positivo, pelas três horas de conversa e dadas também as características de Trump.
"Se fosse coisa ruim, o Trump já estaria reclamando, a reunião seria rápida […] — nós conhecemos o estilo dele, ele já estaria anunciando sanções. E, ao que parece, até o momento, isso não está no radar."
Segundo ele, a tendência agora é que o presidente americano tenha uma conversa com o ucraniano
Vladimir Zelensky e aliados europeus.
"Na minha análise, a Europa está mais para atrapalhar do que ajudar, porque é ela que, neste momento, está impulsionando o conflito. Lembro que nos últimos dias eles acertaram uma compra de material bélico norte-americano. Vai ser para quê? Para dar continuidade à guerra. Enquanto estiverem comprando material para a Ucrânia, é claro que a Ucrânia vai lutar."
O saldo da reunião, segundo a analista internacional, foi mais simbólico do que efetivo. "Temos uma fala muito vaga em termos do conflito, mas ela denota outro aspecto: essa reunião não discutiu apenas a Ucrânia, ela também serviu para reposicionar as relações bilaterais."
Em meio às conversas com seu homólogo russo nesta sexta-feira, Donald Trump disse que talvez só pense na questão de aumentar a pressão das sanções contra a Rússia em duas ou três semanas.
"Por causa do que aconteceu hoje, acho que não preciso pensar nisso agora. Talvez precise pensar nisso em duas ou três semanas, algo assim, mas não precisamos pensar nisso agora", disse ele à Fox News.
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