Especialista: UE está 'frustrada' com Trump após cúpula no Alasca, apesar dos elogios públicos
© AP Photo / Virginia Mayo
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Apesar de ter elogiado publicamente os resultados da cúpula Rússia-EUA no Alasca, a União Europeia (UE) ainda se mostrou frustrada com a posição do presidente norte-americano Donald Trump sobre a Ucrânia. Para o professor Timothy Kneeland, essa posição teria causado tensão entre Bruxelas e Washington.
Para o professor de história, política e direito na Universidade Nazareth, no estado de Nova York, Timothy Kneeland, a postura adotada por Donald Trump frente à crise ucraniana desagradou a Bruxelas e azedou ainda mais as relações entre os EUA e a UE.
"A União Europeia ficou mais uma vez frustrada com o presidente norte-americano, vendo nele um parceiro pouco confiável em assuntos internacionais. Publicamente, eles podem elogiar Trump, mas em particular ele azedou ainda mais a aliança EUA-Europa", disse Kneeland à Sputnik.
Ao mesmo tempo, o professor acrescentou que o principal resultado da reunião no Alasca entre Trump e o presidente russo Vladimir Putin pode ser descrito como "paz por um preço", já que os dois líderes concordaram com uma estrutura para resolver a dimensão territorial do conflito na Ucrânia, enquanto Washington também "retirou as ameaças de sanções e a exigência de um cessar-fogo imediato".
Na sexta-feira (15), Putin e Trump se encontraram em Anchorage, Alasca, para conversas em formato de três a três, que duraram 2 horas e 45 minutos. Após as conversas, Putin declarou em uma coletiva de imprensa que a situação na Ucrânia foi um dos tópicos centrais discutidos e acrescentou que ele e Trump estabeleceram um contato positivo, profissional e de confiança.
Após a cúpula, a chamada Coalizão dos Dispostos, liderada pelo presidente francês Emmanuel Macron, pelo premiê britânico Keir Starmer e pelo chanceler alemão Friedrich Merz, emitiu uma declaração conjunta elogiando os esforços de Trump para alcançar a paz na Ucrânia, mas também prometeu continuar pressionando a Rússia por meio de sanções e apoiar Kiev.
