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Trama golpista: 2º dia de julgamento no STF tem defesa de Bolsonaro

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Nesta quarta-feira (3), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento da ação penal que investiga a suposta trama golpista atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a outros sete réus.
O segundo dia dessa fase final do julgamento do núcleo central da suposta trama golpista teve início, na manhã desta quarta-feira, com a sustentação oral da defesa do general Augusto Heleno e terá como destaque mais aguardado a sustentação oral da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A defesa de Heleno contesta as acusações que enfrenta — dentre as quais tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada — alegando que ele não tinha conhecimento de qualquer plano golpista e que os registros encontrados eram apenas lembretes pessoais.
O advogado também argumenta que, a partir do segundo ano do governo Bolsonaro, sua influência nas decisões do alto escalão foi significativamente reduzida, o que, segundo ele, o isentaria de responsabilidade pelas articulações para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
A defesa do general afirmou ainda que ele defendia a política "tradicional" e, quando o ex-presidente se aproximou dos políticos do Centrão e se filiou ao Partido Liberal (PL), começaram a se distanciar.
Como era esperado, a linha de defesa do general Heleno questionou novamente a conduta do ministro relator Alexandre de Moraes, em razão da quantidade de perguntas feitas por Moraes comparativamente ao Ministério Público, e discordou ainda das provas utilizadas contra Heleno para tentar associá-lo à trama golpista.

"Por que a Polícia Federal não trouxe conversas de que o general Heleno estaria junto na trama golpista? Porque não há. Só porque no papel está escrito que ele seria o chefe do gabinete de crise significa que ele participou, que ele estava envolvido? O papel aceita tudo", disse o advogado Matheus Milanez, responsável pela defesa de Augusto Heleno.

Em um dos momentos mais esperados do julgamento, a defesa de Jair Bolsonaro inicia sua sustentação afirmando não haver qualquer prova que atrele o ex-presidente aos pontos cruciais da chamada trama golpista, como o Plano Punhal Verde e Amarelo ou o "8 de janeiro", baseando-se somente na delação de Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens.
De acordo com o advogado de defesa de Bolsonaro, Celso Vilardi, a defesa não teve acesso ao conjunto da prova, afirmando não ter tido tempo hábil para análise dos documentos investigados, afirmando desconhecer, por tanto, a integralidade do processo. Ainda dentro do que era esperado, Vilardi manteve sua tentativa de desqualificar a delação de Cid, peça fundamental da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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