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Descoberta na estrela Fomalhaut sugere planeta oculto moldando disco de detritos excêntrico (IMAGENS)
Descoberta na estrela Fomalhaut sugere planeta oculto moldando disco de detritos excêntrico (IMAGENS)
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Novas observações do disco de detritos da estrela Fomalhaut revelam um gradiente de excentricidade nunca antes detectado, sugerindo a presença de um planeta... 10.09.2025, Sputnik Brasil
2025-09-10T05:30-0300
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2025-09-10T10:52-0300
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Fomalhaut é uma das estrelas mais brilhantes do céu noturno, localizada a cerca de 25 anos-luz da Terra. Por ser relativamente jovem, com cerca de 440 milhões de anos, ela ainda está cercada por um disco de detritos ativo, formado por rochas e poeira resultantes de colisões entre planetesimais. Esses discos são ambientes propícios à formação de exoplanetas, tornando Fomalhaut um alvo valioso para estudos sobre a origem de sistemas planetários.Detectar exoplanetas em discos de detritos é um desafio, pois eles não são facilmente visíveis. Os astrônomos, quando analisam a forma e a morfologia dos discos para inferir a presença de planetas, descobriram a presença de uma deformação incomum no disco de Fomalhaut, e sugeriram que essa característica pode ser causada por um planeta massivo orbitando a estrela — embora ainda não tenha sido diretamente observado.Dois estudos publicados no The Astrophysical Journal e no The Astrophysical Journal Letters trazem novas observações sobre o disco de Fomalhaut e utilizam dados de alta resolução obtidos pelo ALMA e pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês). O primeiro, liderado por Joshua Lovell, revela um gradiente de excentricidade no disco. O segundo, liderado por Jay Chittidi, confirma variações na largura apsidal do disco.A principal descoberta é que o disco de Fomalhaut é excêntrico, mas essa excentricidade não é constante, ou seja, ela diminui com a distância da estrela, formando um gradiente de excentricidade negativo. Essa variação nunca havia sido demonstrada de forma conclusiva em discos de detritos, e os dados obtidos permitem uma análise mais detalhada da estrutura do disco.Além da excentricidade, os pesquisadores observaram que o lado sudeste do disco é 4 unidades astronômicas (UA) mais largo que o lado noroeste. Essa assimetria pode ser causada por planetas ocultos que influenciam a forma do disco. Modelos ajustados aos dados sugerem que tais planetas podem ser responsáveis por esculpir o disco e gerar o gradiente de excentricidade observado.As observações do JWST revelaram a existência de um "cinturão intermediário" com bordas entre 83 e 104 UA. Com base nisso, os pesquisadores propuseram dois cenários: um planeta entre 109 e 115 UA, que influencia o cinturão principal, e outro entre 70 e 75 UA, localizado dentro do cinturão intermediário. Ambos os cenários ajudam a explicar as estruturas observadas no disco.A modelagem indica que o disco de Fomalhaut pode ter nascido excêntrico, e que as interações com planetas são responsáveis por moldar sua morfologia, como bordas internas e lacunas. No entanto, essas interações não explicam a excentricidade, reforçando a hipótese de que ela é uma característica primordial do sistema. As variações de brilho e subestruturas nos anéis também desafiam modelos anteriores.Apesar dos avanços, os métodos atuais de detecção não conseguem identificar diretamente os planetas que podem estar influenciando o disco. A massa e a órbita dos possíveis planetas estão abaixo dos limites de sensibilidade dos instrumentos disponíveis.
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astronomia, exploração do espaço, estrela, exoplanetas, atacama large millimeter array (alma), ciência e tecnologia, james webb, telescópio, teoria, pesquisa, estudo, ciência
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Descoberta na estrela Fomalhaut sugere planeta oculto moldando disco de detritos excêntrico (IMAGENS)
05:30 10.09.2025 (atualizado: 10:52 10.09.2025) Novas observações do disco de detritos da estrela Fomalhaut revelam um gradiente de excentricidade nunca antes detectado, sugerindo a presença de um planeta oculto moldando sua estrutura. Os dados do ALMA e do JWST abrem caminho para entender melhor a formação de sistemas planetários.
Fomalhaut é uma das estrelas mais brilhantes do céu noturno,
localizada a cerca de 25 anos-luz da Terra. Por ser relativamente jovem, com cerca de 440 milhões de anos, ela ainda está cercada por um
disco de detritos ativo, formado por rochas e poeira resultantes de colisões entre planetesimais.
Esses discos são ambientes propícios à formação de exoplanetas, tornando Fomalhaut um alvo valioso para estudos sobre a origem de sistemas planetários.
Detectar exoplanetas em discos de detritos é um desafio, pois eles não são facilmente visíveis. Os astrônomos, quando analisam a forma e a morfologia dos discos para inferir a presença de planetas,
descobriram a presença de uma deformação incomum no disco de Fomalhaut, e sugeriram que essa característica pode ser causada por um
planeta massivo orbitando a estrela — embora ainda não tenha sido diretamente observado.
Dois estudos
publicados no The Astrophysical Journal e no The Astrophysical Journal Letters trazem novas observações sobre o disco de Fomalhaut e utilizam dados de alta resolução obtidos pelo ALMA e pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês). O primeiro, liderado por Joshua Lovell, revela um
gradiente de excentricidade no disco. O segundo, liderado por Jay Chittidi, confirma
variações na largura apsidal do disco.
A
principal descoberta é que o disco de Fomalhaut é excêntrico, mas essa excentricidade não é constante, ou seja, ela diminui com a distância da estrela, formando um gradiente de excentricidade negativo. Essa
variação nunca havia sido demonstrada de forma conclusiva em discos de detritos, e os dados obtidos permitem uma análise mais detalhada da estrutura do disco.
Além da excentricidade, os pesquisadores observaram que o lado sudeste do disco é 4 unidades astronômicas (UA) mais largo que o lado noroeste. Essa
assimetria pode ser causada por planetas ocultos que influenciam a forma do disco.
Modelos ajustados aos dados sugerem que tais planetas podem ser responsáveis por esculpir o disco e gerar o gradiente de excentricidade observado.
As observações do JWST revelaram a
existência de um "cinturão intermediário" com bordas entre 83 e 104 UA. Com base nisso, os pesquisadores propuseram dois cenários: um planeta entre 109 e 115 UA, que influencia o
cinturão principal, e outro entre 70 e 75 UA, localizado dentro do cinturão intermediário. Ambos os cenários ajudam a explicar as estruturas observadas no disco.
A modelagem indica que o
disco de Fomalhaut pode ter nascido excêntrico, e que as interações com planetas são responsáveis por moldar sua morfologia, como bordas internas e lacunas. No entanto, essas interações não explicam a excentricidade, reforçando a hipótese de que ela é uma característica primordial do sistema. As
variações de brilho e subestruturas nos anéis também desafiam modelos anteriores.
Apesar dos avanços, os métodos atuais de detecção
não conseguem identificar diretamente os planetas que podem estar influenciando o disco. A massa e a órbita dos
possíveis planetas estão abaixo dos limites de sensibilidade dos instrumentos disponíveis.
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