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Conheça 5 boicotes liderados pelos Estados Unidos contra o reconhecimento da Palestina na ONU
Conheça 5 boicotes liderados pelos Estados Unidos contra o reconhecimento da Palestina na ONU
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Na contramão do mundo, que cada vez mais reconhece a existência da Palestina como uma nação independente, Washington atua há décadas no boicote contra qualquer... 22.09.2025, Sputnik Brasil
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Era 1947 quando a recém-criada ONU aprovava o plano que dividia o território palestino em dois: um Estado árabe e outro Estado judeu, medida que ficou conhecida como "solução de dois Estados" e que volta e meia volta ao centro das discussões. No ano seguinte, Israel se formalizada como um país, mas no lado palestino essa iniciativa nunca se concretizou.A situação ficou ainda pior após as forças israelenses vencerem a guerra contra Jordânia, Síria, Iraque, Líbano e Egito em que consolidava sua independência e o controle da Faixa de Gaza e da Cisjordânia em 1967. E para dominar a região pela força, Israel conta com um aliado de primeira mão: os Estados Unidos.Seja financeira, militar e diplomaticamente, a atuação de Washington tem minado nas últimas décadas qualquer tentativa de solucionar a crise na região, em que Israel cria cada vez mais assentamentos judeus que expulsam a população de origem. Na última semana, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou mais uma vez, entre tantas outras, o reconhecimento da Palestina como Estado: foram 142 votos a favor e somente 10 contrários, entre eles EUA, Israel e até Argentina.Conheça 5 boicotes dos EUA contra a Palestina na ONUEmbora tenha conquistado o status de "Estado observador não membro" em 2012, os esforços para alcançar a adesão plena enfrentam forte resistência dos Estados Unidos. Relembre cinco episódios que ilustram essa postura:Corte de recursos à Unesco (2011)Em outubro de 2011, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aprovou a entrada da Palestina como Estado-membro com ampla maioria: 107 votos favoráveis, 14 contrários e 52 abstenções. A decisão foi considerada um marco para a diplomacia palestina, que buscava ampliar sua presença em organismos da ONU, e foi o primeiro reconhecimento por uma entidade das Nações Unidas.A resposta dos Estados Unidos veio imediatamente: Washington suspendeu a contribuição anual de cerca de US$ 60 milhões (R$ 319 milhões) à agência, uma verba crucial para suas atividades. O gesto deixou claro que qualquer avanço palestino dentro do sistema multilateral seria recebido com retaliações.Pedido de adesão plena no Conselho de Segurança (2011)No mesmo ano, em setembro, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, levou ao Conselho de Segurança o pedido formal para que a Palestina fosse admitida como membro pleno da ONU. A solicitação não chegou a prosperar. Os EUA sinalizaram desde o início que usariam seu veto, o que desarticulou apoios e impediu que a proposta obtivesse os nove votos necessários.Washington justificou a oposição com o argumento de que a criação de um Estado palestino deveria ser resultado de negociações diretas com Israel – uma posição que se tornaria a linha mestra de sua política na ONU.Resolução sobre o fim da ocupação (2014)Em dezembro de 2014, uma nova tentativa chegou ao Conselho de Segurança: uma resolução palestina que estipulava prazo para a retirada israelense dos territórios ocupados e a criação de um Estado independente.O texto recebeu oito votos favoráveis, dois contrários – incluindo os dos EUA – e cinco abstenções. Ainda que a resolução tenha falhado por não alcançar os nove votos necessários, Washington já havia antecipado que vetaria o documento caso fosse aprovado. O episódio reforçou a percepção de que qualquer medida palestina nesse sentido seria bloqueada pela Casa Branca.Veto ao reconhecimento pleno da Palestina (2024)Mais de uma década depois, em abril de 2024, o tema voltou ao Conselho de Segurança, quando proposta recomendava à Assembleia Geral admitir a Palestina como Estado-membro da ONU. O resultado foi expressivo: 12 votos a favor, 2 abstenções (Reino Unido e Suíça) e apenas o voto contrário dos Estados Unidos.Ao exercer seu poder de veto, Washington novamente impediu a adesão palestina, apesar da ampla maioria favorável. Para os EUA, reconhecer a Palestina fora de um acordo direto com Israel representaria um risco para a segurança regional. Para os defensores da causa palestina, foi mais um sinal de isolamento norte-americano diante do consenso internacional.Boicote à conferência ministerial na ONU (2025)Em julho de 2025, a ONU sediou uma conferência ministerial convocada por França e Arábia Saudita para discutir os caminhos para a criação de um Estado palestino. O encontro reuniu dezenas de ministros, mas os Estados Unidos – ao lado de Israel – decidiram não participar.A ausência foi interpretada como um boicote político, destinado a enfraquecer qualquer iniciativa multilateral que pudesse abrir espaço para o reconhecimento da Palestina.
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Conheça 5 boicotes liderados pelos Estados Unidos contra o reconhecimento da Palestina na ONU
01:58 22.09.2025 (atualizado: 08:15 22.09.2025) Redação
Equipe da Sputnik Brasil
Na contramão do mundo, que cada vez mais reconhece a existência da Palestina como uma nação independente, Washington atua há décadas no boicote contra qualquer tentativa de reconhecimento da região na Organização das Nações Unidas (ONU). Como o país tem poder de veto no principal órgão da entidade, atuação norte-americana impede avanços.
Era 1947 quando a recém-criada ONU aprovava o plano que
dividia o território palestino em dois: um Estado árabe e outro Estado judeu, medida que ficou conhecida como "solução de dois Estados" e que volta e meia volta ao centro das discussões. No ano seguinte, Israel se formalizada como um país, mas no lado palestino
essa iniciativa nunca se concretizou.
A situação ficou ainda pior após as forças israelenses vencerem a guerra contra
Jordânia, Síria, Iraque, Líbano e Egito em que consolidava sua independência e o
controle da Faixa de Gaza e da Cisjordânia em 1967. E para dominar a região pela força, Israel conta com um aliado de primeira mão: os Estados Unidos.
Seja financeira, militar e diplomaticamente, a atuação de Washington tem minado nas últimas décadas qualquer tentativa de solucionar a crise na região, em que Israel cria cada vez mais assentamentos judeus que expulsam a população de origem. Na última semana, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou mais uma vez, entre tantas outras, o reconhecimento da Palestina como Estado: foram 142 votos a favor e somente 10 contrários, entre eles EUA, Israel e até Argentina.
Conheça 5 boicotes dos EUA contra a Palestina na ONU
Embora tenha conquistado o status de "Estado observador não membro" em 2012, os esforços para alcançar a adesão plena enfrentam forte resistência dos Estados Unidos. Relembre cinco episódios que ilustram essa postura:
Corte de recursos à Unesco (2011)
Em outubro de 2011, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aprovou a
entrada da Palestina como Estado-membro com ampla maioria: 107 votos favoráveis, 14 contrários e 52 abstenções. A decisão foi considerada um
marco para a diplomacia palestina, que buscava ampliar sua presença em organismos da ONU, e foi o primeiro reconhecimento por uma entidade das Nações Unidas.
A resposta dos Estados Unidos veio imediatamente: Washington suspendeu a contribuição anual de cerca de US$ 60 milhões (R$ 319 milhões) à agência, uma verba crucial para suas atividades. O gesto deixou claro que qualquer avanço palestino dentro do sistema multilateral seria recebido com retaliações.
Pedido de adesão plena no Conselho de Segurança (2011)
No mesmo ano, em setembro, o
presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, levou ao Conselho de Segurança o pedido formal para que a Palestina fosse admitida como membro pleno da ONU. A solicitação não chegou a prosperar. Os EUA sinalizaram desde o início que usariam seu veto, o que desarticulou apoios e impediu que a proposta obtivesse os nove votos necessários.
Washington justificou a oposição com o argumento de que a criação de um Estado palestino deveria ser resultado de negociações diretas com Israel – uma posição que se tornaria a linha mestra de sua política na ONU.
Resolução sobre o fim da ocupação (2014)
Em dezembro de 2014, uma nova tentativa chegou ao Conselho de Segurança: uma resolução palestina que estipulava prazo para a retirada israelense dos territórios ocupados e a criação de um Estado independente.
O texto recebeu
oito votos favoráveis, dois contrários – incluindo os dos EUA – e cinco abstenções. Ainda que a resolução tenha falhado por não alcançar os nove votos necessários, Washington já havia antecipado que vetaria o documento caso fosse aprovado. O episódio reforçou a percepção de que qualquer medida palestina nesse sentido seria
bloqueada pela Casa Branca.
Veto ao reconhecimento pleno da Palestina (2024)
Mais de uma década depois, em abril de 2024, o tema voltou ao Conselho de Segurança, quando proposta recomendava à Assembleia Geral admitir a Palestina como Estado-membro da ONU. O resultado foi expressivo: 12 votos a favor, 2 abstenções (Reino Unido e Suíça) e apenas o voto contrário dos Estados Unidos.
Ao exercer seu poder de veto, Washington novamente impediu a adesão palestina,
apesar da ampla maioria favorável. Para os EUA, reconhecer a Palestina fora de um acordo direto com Israel representaria um risco para a segurança regional. Para os defensores da causa palestina, foi mais um sinal de isolamento norte-americano diante do
consenso internacional.
Boicote à conferência ministerial na ONU (2025)
Em julho de 2025, a ONU sediou uma conferência ministerial convocada por França e Arábia Saudita para discutir os caminhos para a criação de um Estado palestino. O encontro reuniu dezenas de ministros, mas os Estados Unidos – ao lado de Israel – decidiram não participar.
A ausência foi interpretada como um boicote político, destinado a enfraquecer qualquer iniciativa multilateral que pudesse abrir espaço para o reconhecimento da Palestina.
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