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Política do Ocidente acelera reorientação do Oriente Médio em direção à Rússia, diz especialista
Política do Ocidente acelera reorientação do Oriente Médio em direção à Rússia, diz especialista
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A postura rígida dos Estados Unidos e da União Europeia em relação à Rússia e aos países do Oriente Médio tem levado a região a buscar novos caminhos de... 24.09.2025, Sputnik Brasil
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De acordo com ele, o modo como o Ocidente tratou as questões do Oriente Médio, sobretudo a causa palestina, e sua indiferença diante do genocídio em Gaza provocaram profunda decepção.Segundo o especialista, a visão russa sobre a multipolaridade representa um modelo de parceria que considera os interesses nacionais de todos os envolvidos.Kanadta ressaltou, no entanto, que o Oriente Médio ainda enfrenta divisões internas que limitam seu potencial de atuar como um bloco unificado.O especialista também lembrou que a aproximação entre Moscou e os países árabes ganha simbolismo com a realização da primeira cúpula "Rússia–Mundo Árabe", marcada para 15 de outubro, em Moscou."Está claro que a Rússia hoje se abre ao Oriente Médio, e em especial ao mundo árabe. Isso mostra a seriedade da parceria e a insistência russa em fortalecer laços à luz das transformações globais", concluiu Kanadta.Na quarta-feira (24), em Amã, começou a conferência "Rússia e o Mundo Árabe: Desafios e Visões para o Futuro". O evento é organizado pelo Centro de Estudos Estratégicos e Previsão Política de Sevastopol e Moscou, e pelo Centro de Estudos Estratégicos da Universidade da Jordânia.
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Política do Ocidente acelera reorientação do Oriente Médio em direção à Rússia, diz especialista
12:40 24.09.2025 (atualizado: 18:17 24.09.2025) A postura rígida dos Estados Unidos e da União Europeia em relação à Rússia e aos países do Oriente Médio tem levado a região a buscar novos caminhos de cooperação com Moscou, acredita o diretor do Centro de Estudos Estratégicos e Previsão Política, o cientista político jordaniano Ammar Kanadta, em entrevista à Sputnik.
De acordo com ele, o modo como o Ocidente tratou as questões do Oriente Médio,
sobretudo a causa palestina, e sua indiferença diante do genocídio em Gaza provocaram profunda decepção.
"Isso levou os Estados da região a procurar novas alianças. O mundo está mudando rapidamente, o Ocidente perde posições políticas e econômicas, e em seu lugar surgem países do Sul Global, que criam outra rede de relações políticas, econômicas e culturais", afirmou Kanadta.
Segundo o especialista, a visão russa sobre a multipolaridade representa um modelo de parceria que considera os interesses nacionais de todos os envolvidos.
"Já vemos os primeiros passos de mudanças comerciais e financeiras que abrem caminho para uma nova ordem mundial. No mundo árabe, novos alinhamentos estão sendo formados e até conflitos internos começam a ser revistos, o que em grande parte está em sintonia com a visão russa", destacou.
Kanadta ressaltou, no entanto, que o Oriente Médio ainda enfrenta divisões internas que limitam seu potencial de atuar como um bloco unificado.
"O árabe continua sendo o componente central da região, com imensos recursos, mas ainda não conseguiu construir um projeto geopolítico comum que lhe permita agir de forma conjunta", disse.
O especialista também lembrou que a aproximação
entre Moscou e os países árabes ganha simbolismo com a realização da primeira cúpula "Rússia–Mundo Árabe", marcada para 15 de outubro, em Moscou.
"Está claro que a Rússia hoje se abre ao Oriente Médio, e em especial ao mundo árabe. Isso mostra a seriedade da parceria e a insistência russa em fortalecer laços à luz das transformações globais", concluiu Kanadta.
Na quarta-feira (24), em Amã, começou a conferência "Rússia e o Mundo Árabe: Desafios e Visões para o Futuro". O evento é organizado pelo Centro de Estudos Estratégicos e Previsão Política de Sevastopol e Moscou, e pelo Centro de Estudos Estratégicos da Universidade da Jordânia.
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