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Não é só a Palestina: conheça outros territórios que a ONU não reconhece no mapa político mundial
Não é só a Palestina: conheça outros territórios que a ONU não reconhece no mapa político mundial
Sputnik Brasil
Embora a Organização das Nações Unidas (ONU) conte com 193 Estados-membros, diversos países e territórios ao redor do mundo reivindicam soberania, mas não são... 22.09.2025, Sputnik Brasil
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Além da Palestina, que tem status de Estado observador não-membro na ONU, assim como o Vaticano, existem outros países e territórios que não são reconhecidos como Estados-membros da ONU por diferentes razões. A ONU exige que um país seja reconhecido pela maioria de seus membros, sobretudo os mais poderosos, e as justificativas costumam variar entre falta de reconhecimento diplomático amplo, conflitos territoriais ou falta de controle efetivo sobre o território. Abaixo, a Sputnik Brasil elaborou uma lista dos principais rejeitados pelo organismo internacional: 1. Palestina Desde 2012, a Palestina é observador não-membro na ONU e é reconhecida por mais de140 países, mas não é reconhecida por EUA, Israel e outros devido ao conflito com Israel sobre soberania e fronteiras.Como observador, pode participar das discussões na Assembleia Geral, mas não tem direito a voto nem pode ser membro pleno do Conselho de Segurança. O status da Palestina na ONU e o recente impulso para um reconhecimento pleno são diretamente influenciados pelos ataques do Exército israelense na Faixa de Gaza.2. Saara Ocidental Declarou independência do Marrocos em 1976. É reconhecido por cerca de 40 Estados e é membro da União Africana, mas não é reconhecido pela ONU.Disputado pela República Saaraui e pelo Marrocos, o Saara Ocidental há décadas vive uma situação peculiar: cerca de 80% de sua área são controlados pelo Marrocos — com apoio de Espanha, França e EUA. O restante é controlado pela chamada Frente Polisário, na parcialmente reconhecida República Árabe Saaraui Democrática (RASD), apoiada pela Argélia.3. Kosovo O território do Kosovo e o da Sérvia central são separados por uma linha administrativa. As autoridades do Kosovo declararam sua independência da Sérvia em fevereiro de 2008 e lançaram uma campanha de reconhecimento internacional do território.É reconhecido por mais de 100 membros da ONU, incluindo os EUA e a maioria dos países da UE. No entanto, é fortemente contestado pela Sérvia, Rússia, China, Espanha, Grécia, entre outros, que não o reconhecem.4. Abkházia e Ossétia do Sul Declararam independência da Geórgia no início dos anos 1990, com reconhecimento ampliado após os conflitos de 2008. São reconhecidas por Rússia, Nicarágua, Venezuela, Nauru e Síria.A Abkházia declarou independência da Geórgia na década de 1990 e foi reconhecida como um Estado soberano por Rússia e outras nações em agosto de 2008, após os ataques georgianos à Ossétia do Sul. A Rússia também reconheceu a soberania deste último território. A Geórgia, por sua vez, continua considerando Abkházia e Ossétia do Sul como parte de seu território nacional.5. República Turca de Chipre do NorteO Chipre está dividido entre duas comunidades: os cipriotas gregos e turcos. Em1974, a parte norte se rebelou contra uma possível anexação pela Grécia e, com a ajuda da Turquia, criou uma nação independente de facto: Chipre do Norte, sem reconhecimento da ONU. As duas comunidades estão envolvidas em negociações de paz há anos, mas nenhum acordo final foi alcançado ainda.Apenas a Turquia reconhece o território como país. A ONU considera a República de Chipre (sul) como legítima.6. SomalilândiaDeclarou independência da Somália em 1991. Tem governo próprio, eleições, moeda, relativa estabilidade. Não é reconhecido por nenhum país membro da ONU, devido ao respeito pela integridade territorial da Somália e à instabilidade na região.A Somália começou a enfrentar problemas de controle geral sobre o território no início dos anos 1990, com a queda do governo de Siad Barre. A única autoridade legítima do país é reconhecida pela comunidade internacional como o governo federal, que controla a capital Mogadíscio e várias outras áreas.As partes restantes da Somália estão sob o controle de entidades estatais não reconhecidas ou são territórios autônomos. Em particular, a não reconhecida República da Somalilândia, que a comunidade internacional considera parte da República Federal da Somália, está localizada na parte norte do país, enquanto a parte leste do país é a região de Puntland, que reivindicou autonomia em 1998.7. Transnístria Com população composta por 60% de russos e ucranianos, a Transnístria buscava se separar da Moldávia ainda nos últimos anos da União Soviética. Em 1992, após uma tentativa frustrada de Chisinau (a capital da Moldávia) de resolver o problema pela força, a Transnístria se tornou de fato um território independente e se autoproclamou uma República.Nas negociações para a resolução do conflito transnístrio, Rússia, Ucrânia e a OSCE adotaram função de mediadores e União Europeia e Estados Unidos, observadores. A última reunião de ministros das Relações Exteriores dos países mediadores e observadores ocorreu no outono de 2019 em Bratislava. Já o encontro oficial no formato "1+1" foi realizado em 16 de janeiro deste ano, mas terminou sem resultados.
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Não é só a Palestina: conheça outros territórios que a ONU não reconhece no mapa político mundial
20:43 22.09.2025 (atualizado: 20:44 22.09.2025) Redação
Equipe da Sputnik Brasil
Embora a Organização das Nações Unidas (ONU) conte com 193 Estados-membros, diversos países e territórios ao redor do mundo reivindicam soberania, mas não são plenamente reconhecidos como Estados independentes pela entidade.
Além da Palestina, que tem status de Estado observador não-membro na ONU, assim como o Vaticano, existem outros países e territórios que não são reconhecidos como Estados-membros da ONU por diferentes razões.
A ONU exige que um país seja reconhecido pela maioria de seus membros, sobretudo os mais poderosos, e as justificativas costumam variar entre falta de reconhecimento diplomático amplo, conflitos territoriais ou falta de controle efetivo sobre o território.
Abaixo, a Sputnik Brasil elaborou uma lista dos principais rejeitados pelo organismo internacional:
Desde 2012, a Palestina é observador não-membro na ONU e é reconhecida por mais de140 países, mas não é reconhecida por EUA, Israel e outros devido ao
conflito com Israel sobre soberania e fronteiras.
Como observador, pode participar das discussões na Assembleia Geral, mas não tem direito a voto nem pode ser membro pleno do Conselho de Segurança.
O status da Palestina na ONU e o recente impulso para um reconhecimento pleno são diretamente influenciados pelos ataques do Exército israelense na Faixa de Gaza.
Declarou independência do Marrocos em 1976. É reconhecido por cerca de 40 Estados e é membro da União Africana, mas não é reconhecido pela ONU.
Disputado pela República Saaraui e pelo Marrocos, o Saara Ocidental há décadas vive uma situação peculiar: cerca de 80% de sua área são controlados pelo Marrocos — com apoio de Espanha, França e EUA.
O restante é controlado pela chamada Frente Polisário, na parcialmente reconhecida República Árabe Saaraui Democrática (RASD), apoiada pela Argélia.
O
território do Kosovo e o da Sérvia central são separados por uma linha administrativa. As autoridades do Kosovo declararam sua independência da Sérvia em fevereiro de 2008 e lançaram uma campanha de reconhecimento internacional do território.
É reconhecido por mais de 100 membros da ONU, incluindo os EUA e a maioria dos países da UE. No entanto, é fortemente contestado pela Sérvia, Rússia, China, Espanha, Grécia, entre outros, que não o reconhecem.
4. Abkházia e Ossétia do Sul
Declararam independência da Geórgia no início dos anos 1990, com reconhecimento ampliado após os conflitos de 2008. São reconhecidas por Rússia, Nicarágua, Venezuela, Nauru e Síria.
A Abkházia declarou independência da Geórgia na década de 1990 e foi reconhecida como um Estado soberano por Rússia e outras nações em agosto de 2008, após os ataques georgianos à Ossétia do Sul. A Rússia também reconheceu a soberania deste último território. A Geórgia, por sua vez, continua
considerando Abkházia e
Ossétia do Sul como parte de seu território nacional.
5. República Turca de Chipre do Norte
O Chipre está dividido entre duas comunidades:
os cipriotas gregos e turcos. Em1974, a parte norte se rebelou contra uma possível anexação pela Grécia e, com a ajuda da Turquia, criou uma nação
independente de facto:
Chipre do Norte, sem reconhecimento da ONU. As duas comunidades estão envolvidas em
negociações de paz há anos, mas nenhum acordo final foi alcançado ainda.
Apenas a Turquia reconhece o território como país. A ONU considera a República de Chipre (sul) como legítima.
Declarou independência da Somália em 1991. Tem governo próprio, eleições, moeda, relativa estabilidade. Não é reconhecido por nenhum país membro da ONU,
devido ao respeito pela integridade territorial da Somália e à instabilidade na região. A Somália começou a enfrentar problemas de controle geral sobre o território no início dos anos 1990, com a queda do governo de Siad Barre. A única autoridade legítima do país é reconhecida pela comunidade internacional como o governo federal, que controla a capital Mogadíscio e várias outras áreas.
As partes restantes da Somália estão sob o controle de entidades estatais não reconhecidas ou são territórios autônomos. Em particular, a não reconhecida República da Somalilândia, que a comunidade internacional considera parte da República Federal da Somália, está localizada na parte norte do país, enquanto a parte leste do país é a região de Puntland, que reivindicou autonomia em 1998.
Com população composta por
60% de russos e ucranianos, a Transnístria buscava se separar da Moldávia ainda nos últimos anos da
União Soviética.
Em 1992, após uma tentativa frustrada de Chisinau (a capital da Moldávia) de resolver o problema pela força, a Transnístria se tornou de fato um território independente e se autoproclamou uma República.
Nas negociações para a resolução do conflito transnístrio, Rússia, Ucrânia e a OSCE adotaram função de mediadores e União Europeia e
Estados Unidos, observadores. A última reunião de ministros das Relações Exteriores dos países mediadores e observadores ocorreu no outono de 2019 em Bratislava. Já o encontro oficial no formato "1+1" foi realizado em 16 de janeiro deste ano,
mas terminou sem resultados.
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