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Turquia não cederá à pressão dos EUA para cortar importações de energia russa, diz analista

© Sputnik / Ilia Pitalev / Acessar o banco de imagensUnidade geradora de energia Nº 1 da usina nuclear Akkuyu em construção na cidade turca de Gulnar
Unidade geradora de energia Nº 1 da usina nuclear Akkuyu em construção na cidade turca de Gulnar - Sputnik Brasil, 1920, 26.09.2025
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O pedido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que a Turquia interrompa a compra de petróleo russo não deve surtir o efeito desejado e pode levar Ancara a adotar uma postura ainda mais independente, afirmou o analista político Konstantin Blokhin em entrevista à Sputnik.
Trump declarou na quinta-feira (25), após encontro com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan em Washington, que insiste para que Ancara cesse as importações de petróleo russo. O gesto, no entanto, foi visto como excessivamente duro.

"O próprio apelo de Trump, demonstrativo e ultimativo, já obriga Erdogan a se comportar de outra forma", avaliou Blokhin.

Segundo o especialista, Erdogan dificilmente poderá atender a essa exigência, já que isso significaria renunciar à autonomia política que a Turquia vem consolidando ao longo dos anos.
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"Apesar de ser um país da OTAN, a Turquia mantém cooperação com a Rússia em muitos temas. Creio que continuará a fazê-lo", acrescentou o analista.

O governo turco informou que, além da questão energética, os líderes discutiram no encontro na Casa Branca temas ligados ao comércio e a problemas regionais. Ancara, ao mesmo tempo em que integra a aliança ocidental, busca preservar certo grau de neutralidade diplomática diante das tensões internacionais.
A Rússia é atualmente um dos principais fornecedores de energia para a Turquia e, como parte da parceria bilateral, está em andamento a construção da usina nuclear de Akkuyu, na província turca de Mersin. O projeto simboliza a importância estratégica dos laços energéticos entre Moscou e Ancara, que dificilmente poderão ser rompidos no curto prazo.
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