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Discurso do chanceler russo na ONU reflete movimento de 'realocação do poder global', diz analista
Discurso do chanceler russo na ONU reflete movimento de 'realocação do poder global', diz analista
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As diferentes situações geopolíticas que a Rússia tem enfrentado em relação à Ucrânia e ao multilateralismo predominaram no discurso do ministro das Relações... 27.09.2025, Sputnik Brasil
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Essa é a avaliação do doutor em história e analista político pela Unesp Victor Missiato, professor do Instituto Presbiteriano Mackenzie entrevistado pela Rádio Sputnik. Segundo ele, é perceptível que a fraqueza da União Europeia, que vem perdendo cada vez mais presença em outros blocos continentais nos últimos 50 anos, possibilita que o discurso russo seja mais incisivo por conta dessas posições mais titubeantes da União Europeia."Isso faz com que a Rússia consiga estabelecer uma unidade no seu discurso de corpo diplomático para se contrapor a esse aumento de gastos da União Europeia, e ainda não se sabe quais os reais interesses nesse aumento de gastos [em defesa]".A ênfase no multilateralismo, na avaliação do professor, é reflexo de um movimento gradual constante da Rússia e outros países que ficou evidente no recente encontro entre os presidentes de China, Rússia e Índia, aliados a vários outros países: "Demonstra um rearranjo de poder que o próprio Donald Trump, nos Estados Unidos, está tendo muita dificuldade de lidar para conseguir estabelecer os seus interesses"."Já não há mais aquele horizonte que havia na década de 90, na década de 2000 e até meados da década de 2010, quando os Estados Unidos conseguiam impor uma velocidade nas decisões muito por conta do seu poder geopolítico. Agora, nós estamos, de fato, vivendo um mundo onde a própria China, ela consegue se contrapor às decisões americanas em várias situações".De acordo com o pesquisador, os Estados Unidos estão cada vez mais enfraquecidos nessa capacidade de transformação e de reverter grandes conflitos. "Só vai haver uma real mudança quando, por parte da China e da Rússia, houver um entendimento de que os seus interesses ali no Leste Europeu e no Oriente Médio não serão atravessados pelos interesses da OTAN".
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Discurso do chanceler russo na ONU reflete movimento de 'realocação do poder global', diz analista
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As diferentes situações geopolíticas que a Rússia tem enfrentado em relação à Ucrânia e ao multilateralismo predominaram no discurso do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, neste sábado (25).
Essa é a avaliação do doutor em história e analista político pela Unesp Victor Missiato, professor do Instituto Presbiteriano Mackenzie entrevistado pela Rádio Sputnik.
"Uma Rússia atuante tanto para os seus próprios interesses, mas também representando o interesse de vários outros países, principalmente ali na Ásia, Oriente Médio e África. E também nessa tentativa de ponte. De se estabelecer um novo tipo de relação entre países da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], mas também, principalmente, os países eurasiáticos", disse.
Segundo ele, é perceptível que a fraqueza da União Europeia, que vem perdendo cada vez mais presença em outros blocos continentais nos últimos 50 anos, possibilita que o discurso russo seja mais incisivo por conta dessas posições mais titubeantes da União Europeia.
"Isso faz com que a Rússia consiga estabelecer uma unidade no seu discurso de corpo diplomático para se contrapor a esse
aumento de gastos da União Europeia, e ainda não se sabe quais os reais interesses nesse aumento de gastos [em defesa]".
A ênfase no multilateralismo, na avaliação do professor, é reflexo de um movimento gradual constante da Rússia e outros países que ficou evidente no recente encontro entre os presidentes de China, Rússia e Índia, aliados a vários outros países: "Demonstra um rearranjo de poder que o próprio Donald Trump, nos Estados Unidos, está tendo muita dificuldade de lidar para conseguir estabelecer os seus interesses".
"Vai numa direção de realocação do poder global, que durante 500 anos da modernidade ficou estabelecido até o século XIX na Europa, século XX, nos Estados Unidos", sobretudo, em termos culturais, geopolíticos, econômicos e sociais.
"Já não há mais aquele horizonte que havia na década de 90, na década de 2000 e até meados da década de 2010, quando os Estados Unidos conseguiam impor uma velocidade nas decisões muito por conta do seu poder geopolítico. Agora, nós estamos, de fato, vivendo um mundo onde a própria China, ela consegue se contrapor às decisões americanas em várias situações".
De acordo com o pesquisador, os Estados Unidos estão cada vez mais enfraquecidos nessa capacidade de transformação e de
reverter grandes conflitos.
"Só vai haver uma real mudança quando, por parte da China e da Rússia, houver um entendimento de que os seus interesses ali no Leste Europeu e no Oriente Médio não serão atravessados pelos
interesses da OTAN".
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