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Rússia tem muito a contribuir para soberania e transição energética do Brasil, diz deputado Julio Lopes
Rússia tem muito a contribuir para soberania e transição energética do Brasil, diz deputado Julio Lopes
Sputnik Brasil
O potencial brasileiro no mercado global de energia nuclear é enorme, e a Rússia pode ser um parceiro-chave para incrementar esse domínio. Essa é a opinião do... 09.10.2025, Sputnik Brasil
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Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, ele comentou que o Brasil tem avançado no desenvolvimento do setor nuclear. Entre os avanços, ele citou a criação da Agência de Segurança Nuclear e parcerias público-privadas:Segundo ele, quem vai desenvolver o microrreator brasileiro é a empresa Núcleo Brasil Energia, que faz parte do Diamante, um dos grandes grupos de energia brasileiros, "que inclusive tem o porto do Pecém [Ceará] e o complexo termelétrico de Jorge Lacerda [Santa Catarina], que é o maior complexo termelétrico a carvão da América do Sul".Lopes também saudou a possibilidade de implementação de pequenos reatores modulares (SMR, na sigla em inglês) na Amazônia com apoio da Rosatom, anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.A tecnologia de ponta é um dos maiores desenvolvimentos da estatal russa, primeira a conseguir conectar um reator do tipo à rede energética nacional.Ele ressaltou a que a Rosatom é uma empresa que tem geradores nucleares flutuantes, um "exemplo para o mundo inteiro"."Vejo com muito bons olhos essa fala do ministro, no sentido de que vai desenvolver uma parceria com a Rosatom para a gente avançar nessa questão desses reatores. É algo muito prático, efetivo, você poder transportar um reator, acoplá-lo a uma cidade, a uma área de energização, e fazer a energização daquele local a partir de um reator embarcado. Achamos que faz todo sentido essa parceria."Em maio, o ministro esteve na Rússia com empresários da estatal russa para fortalecer as relações bilaterais, em uma agenda que tratou de energia nuclear, mineração sustentável, combustíveis limpos e transição energética.Na oportunidade, o ministro deu foco especial à energia nuclear e ao aproveitamento de minerais estratégicos, como o lítio e o urânio, deixando claro que a cooperação com Moscou pode acelerar a produção nacional e fortalecer a cadeia produtiva.O presidente da FPN argumentou na entrevista que o Brasil tem todas as condições para atingir eficiência e o domínio do setor nuclear:"[…] Somos um dos pouquíssimos países do mundo que têm todo o domínio do ciclo nuclear e, assim, devemos continuar a fazer, a desenvolver e a buscar."Além disso, salientou, o Brasil é um dos seis países do mundo capazes de enriquecer o urânio com tecnologia própria.Usina de LeningradoLopes também comentou sua visita à usina nuclear da cidade russa de Leningrado:Angra 3O deputado lamentou que o projeto de Angra 3, na cidade de Angra dos Reis (RJ), esteja paralisado.Lopes ponderou que, embora o investimento para concluir a obra envolva cerca de R$ 23 bilhões na compra de reatores, o custo econômico é menor, com previsão de funcionamento por até 100 anos.
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Brasil avança em projeto de microrreator nuclear em parceria com a Rosatom
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Parceria com Rosatom pode levar energia nuclear a áreas remotas da Amazônia
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Brasil domina ciclo nuclear e busca avançar com participação de empresas privadas
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Deputado compara usina de Leningrado a Angra e defende conclusão de Angra 3
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Rússia tem muito a contribuir para soberania e transição energética do Brasil, diz deputado Julio Lopes
20:17 09.10.2025 (atualizado: 14:39 10.10.2025) Redação
Equipe da Sputnik Brasil
Especiais
O potencial brasileiro no mercado global de energia nuclear é enorme, e a Rússia pode ser um parceiro-chave para incrementar esse domínio. Essa é a opinião do deputado federal Julio Lopes (PP-RJ), presidente da Frente Parlamentar Mista da Tecnologia e Atividades Nucleares (FPN), que participou da conferência Semana Atômica Mundial, na Rússia.
Em
entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, ele comentou que o Brasil tem avançado no desenvolvimento do setor nuclear. Entre os avanços, ele citou a criação da Agência de Segurança Nuclear e
parcerias público-privadas:
"Temos uma empresa privada brasileira trabalhando em consórcio, trabalhando em conjunto com a [estatal russa] Rosatom, para desenvolver um microrreator brasileiro. E isso é muito importante, financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos, que é a nossa Finep."
Segundo ele, quem vai desenvolver o microrreator brasileiro é a empresa Núcleo Brasil Energia, que faz parte do Diamante, um dos grandes grupos de energia brasileiros, "que inclusive tem o porto do Pecém [Ceará] e o complexo termelétrico de Jorge Lacerda [Santa Catarina], que é o maior
complexo termelétrico a carvão da América do Sul".
Lopes também saudou a possibilidade de implementação de pequenos reatores modulares (SMR, na sigla em inglês) na Amazônia com apoio da Rosatom, anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A tecnologia de ponta é um dos maiores desenvolvimentos da estatal russa, primeira a conseguir conectar um reator do tipo à rede energética nacional.
Ele ressaltou a que a Rosatom é uma empresa que tem geradores nucleares flutuantes, um "exemplo para o mundo inteiro".
"O Brasil gasta R$ 12 bilhões para transportar óleo para as áreas remotas da Amazônia. É uma grande despesa pública, com risco enorme de contaminação dos nossos rios e florestas. Obviamente, o processo mais adequado é que a gente tenha geração de energia naquela região, e gerar essa energia a partir de micro e pequenos reatores nucleares, tanto melhor", comentou.
"Vejo com muito bons olhos essa fala do ministro, no sentido de que vai desenvolver uma parceria com a Rosatom para a gente avançar nessa questão desses reatores. É algo muito prático, efetivo, você poder transportar um reator, acoplá-lo a uma cidade, a uma área de energização, e fazer a energização daquele local a partir de um reator embarcado. Achamos que faz todo sentido essa parceria."
Em maio, o ministro esteve na Rússia com empresários da estatal russa para fortalecer as relações bilaterais, em uma agenda que tratou de energia nuclear, mineração sustentável, combustíveis limpos e transição energética.
Na oportunidade, o ministro deu
foco especial à energia nuclear e ao
aproveitamento de minerais estratégicos, como o lítio e o urânio, deixando claro que a cooperação com Moscou pode acelerar a produção nacional e fortalecer a cadeia produtiva.
O presidente da FPN argumentou na entrevista que o Brasil tem todas as condições para atingir eficiência e o
domínio do setor nuclear:
"[…] Somos um dos pouquíssimos países do mundo que têm todo o domínio do ciclo nuclear e, assim, devemos continuar a fazer, a desenvolver e a buscar."
Além disso, salientou, o Brasil é um dos seis países do mundo capazes de enriquecer o urânio com tecnologia própria.
"Inclusive enriquecemos o urânio até 20% […], o que é bastante mais do que os 5% necessários para tocar uma usina nuclear. O Brasil, então, tem todo um escopo de tecnologia, de conhecimentos e de engenharia que precisa preservar e continuar a desenvolver."
Lopes também comentou sua visita à usina nuclear da cidade russa de Leningrado:
"É uma usina bastante complexa, com uma potência muito significativa. Mas ela é uma usina também parecida com as de Angra 1 e 2, que nós temos aqui, que a gente visita com alguma frequência […]. E eles estão ampliando aquele sistema térmico nuclear. E o que nós precisamos fazer aqui é concluir a nossa obra de Angra 3. Eu acho que, inclusive, a usina de Leningrado é bem parecida com o contexto que nós temos ali em Angra, com Angra 1, 2 e agora 3, que já tem 63% construídos."
O deputado lamentou que o
projeto de Angra 3, na cidade de Angra dos Reis (RJ), esteja paralisado.
"Esses 37% ainda faltam, e há ainda um recuo do governo na direção de implementá-lo. Então a gente tem esse problema para vencer, e, portanto, não há ainda nada em relação a outras usinas nucleares definido. Esse projeto, de fato, é uma coisa que não é tão simples de decidir, muito em função das dificuldades que o Brasil atravessa neste momento […]. Mas o que a gente acredita é que, à medida que empresas privadas, como a Núcleo e outras, se interessem pelo desenvolvimento de pequenos e médios reatores, de pequenos e microrreatores, a gente avançará nessa direção", concluiu.
Lopes ponderou que, embora o investimento para concluir a obra envolva cerca de R$ 23 bilhões na compra de reatores, o custo econômico é menor, com previsão de funcionamento por até 100 anos.
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