EUA e China avançam em trégua comercial enquanto Trump reforça acordos na Ásia e na ASEAN, diz mídia
© AP Photo / Jose Luis Magana
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Negociadores dos EUA e da China encerraram reuniões na Malásia com avanços rumo à extensão da trégua comercial, prestes a expirar. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que há uma "estrutura positiva" para o encontro entre Trump e Xi, enquanto acordos regionais reforçam a presença norte-americana na Ásia.
Segundo o Financial Times (FT), o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou haver uma "estrutura muito positiva" para estender a trégua na guerra comercial, que expira em 10 de novembro.
Bessent, o representante comercial Jamieson Greer e o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng discutiram temas como compras chinesas de produtos agrícolas, especialmente soja, e sinalizaram que aguardam a confirmação dos líderes. Embora otimista quanto à extensão da trégua, Bessent ressaltou que a decisão final caberá ao presidente norte-americano Donald Trump.
A viagem de Trump à Ásia marca seu retorno à diplomacia internacional desde que reassumiu a presidência. Na Malásia, ele participou da cúpula da ASEAN e presidiu à assinatura de um acordo de cessar-fogo entre o Camboja e a Tailândia, após uma disputa de fronteira. Também anunciou acordos comerciais e sobre minerais essenciais com ambos os países.
Além disso, os EUA fecharam acordos similares com a Malásia, reduzindo tarifas de 49% para 19%. A visita de Trump inclui paradas no Japão e na Coreia do Sul, onde se encontrará com líderes regionais, incluindo Xi Jinping, em meio a tensões crescentes com Pequim.
A China impôs recentemente controles à exportação de minérios de terras raras, essenciais para tecnologias avançadas, o que levou Trump a ameaçar tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses. A medida reacende o risco de uma nova escalada na guerra comercial entre as duas potências.
Pequim defende as restrições como resposta às sanções norte-americanas, enquanto outros países da região aguardam definições sobre a política de Trump para o Indo-Pacífico. Apesar de impor tarifas a parceiros asiáticos, o presidente ainda não detalhou sua estratégia para segurança e política externa.
Durante a cúpula, Trump também impôs uma tarifa extra de 10% sobre produtos canadenses e afirmou não ter planos de se encontrar com o premiê Mark Carney. Já a primeira-ministra japonesa Sanae Takaichi confirmou uma conversa "boa e franca" com Trump, que deve se reunir com ela após o anúncio de aumento nos gastos com defesa. Em Kuala Lumpur, o premiê cambojano Hun Manet sugeriu atribuir o Nobel da Paz a Trump, após o líder americano ter se mostrado frustrado ao não receber o prêmio por seu papel no acordo de Gaza.
