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Irã defende parceria estratégica com China para redesenhar ordem global, diz mídia

© AP Photo / Michael GruberBandeira do Irã ondula em frente ao prédio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, na Áustria, em 17 de dezembro de 2021
Bandeira do Irã ondula em frente ao prédio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, na Áustria, em 17 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 02.11.2025
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Em meio à crescente tensão global, o Irã defendeu em Pequim uma aliança estratégica com a China para enfrentar o unilateralismo e reforçar o papel da Ásia na ordem mundial. O enviado iraniano destacou que a parceria vai além de interesses econômicos, envolvendo energia, transporte e geopolítica.
De acordo com o South China Morning Post (SCMP), o enviado iraniano Abdolreza Rahmani Fazli afirmou em Pequim que a parceria entre China e Irã deve se fortalecer de forma "sábia e equilibrada" para enfrentar desafios globais e combater o unilateralismo. Segundo ele, os laços entre os dois países são decisivos para a paz regional e representam uma nova fase de protagonismo asiático na ordem mundial.
Fazli destacou que a relação entre Teerã e Pequim transcende os aspectos econômicos e diplomáticos, sendo parte de um movimento estratégico mais amplo de ascensão da Ásia. Ele defendeu que nações independentes com civilizações antigas estão redefinindo seus papéis globais, e que essa aliança pode contribuir para o reequilíbrio de poder na região.
A crescente tensão entre China e Estados Unidos tem alimentado especulações sobre um apoio chinês mais intenso ao Irã, especialmente após a ofensiva aérea de Israel e dos EUA contra instalações nucleares iranianas em junho. Esse contexto reforçou os laços entre os dois países e ampliou o interesse estratégico de Pequim no Oriente Médio.
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Durante evento na Universidade Renmin, Fazli ressaltou a posição geográfica privilegiada do Irã, que conecta o Oriente Médio à Ásia Central e Meridional, além de controlar o estratégico estreito de Ormuz. Essa localização torna o país essencial para a Iniciativa Cinturão e Rota, além de ser um ponto-chave para o comércio entre a Ásia e a Europa.
O diplomata também destacou as vastas reservas energéticas do Irã, que ocupam o terceiro lugar mundial em petróleo e o segundo em gás natural. Essa riqueza, aliada à força econômica da China, cria uma base sólida para uma cooperação regional em infraestrutura, transporte e tecnologias emergentes, com potencial para remodelar a interação asiática.
Fazli elogiou a mediação chinesa entre o Irã e a Arábia Saudita em 2023, classificando-a como um marco para a estabilidade regional. Ele defendeu que a parceria sino-iraniana promove o multilateralismo e o desenvolvimento pacífico, servindo como modelo alternativo às políticas intervencionistas das potências ocidentais.
Apesar do otimismo, a cooperação entre a China e o Irã enfrenta novos desafios. O Reino Unido, a França e a Alemanha acionaram o mecanismo de "restabelecimento automático" de sanções ao Irã, acusando o país de escalada nuclear e de falta de transparência. A China, por sua vez, alertou para os riscos de segurança e prometeu reagir caso seus interesses sejam afetados.
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