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Índia continua a comprar petróleo russo apesar da pressão dos EUA, notam analistas russos
Índia continua a comprar petróleo russo apesar da pressão dos EUA, notam analistas russos
Sputnik Brasil
Apesar da pressão dos EUA, a Índia continuará a trabalhar com os fornecedores russos de petróleo, contornando as sanções antirrussas impostas pela Casa Branca... 14.11.2025, Sputnik Brasil
2025-11-14T13:10-0300
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A administração de Donald Trump exige há meses que Nova Deli pare de comprar recursos energéticos russos e chegou a impor taxas de 50% sobre todas as importações indianas.Como resultado, cinco petroleiras indianas, incluindo a Reliance Industries, proprietária da maior refinaria do mundo em Jamnagar, suspenderam as transações para dezembro, informou a Bloomberg. Trump afirmou que as refinarias indianas "em sua maioria pararam" de comprar petróleo russo devido à pressão norte-americana.O consultor de negócios russo Sergei Yermilov disse à Sputnik que a Reliance Industries aumentou simultaneamente as importações do Oriente Médio, do Brasil e dos Estados Unidos, apesar de possuir contrato de dez anos com a Rosneft, que prevê o fornecimento de cerca de 500 mil barris diários.No entanto, segundo várias fontes ocidentais, a estatal Indian Oil Corp (IOC) pagou por cinco lotes de petróleo russo com entrega planejada para dezembro deste ano. O diretor financeiro da IOC, Anuj Jain, assegurou que a corporação não pretende abandonar a cooperação com Moscou.De acordo com traders, a Indian Oil adquiriu o petróleo de empresas russas não sujeitas a sanções ocidentais. Como resultado, a refinaria da IOC receberá cerca de 3,5 milhões de barris de petróleo ESPO a um preço próximo às cotações de Dubai.O mesmo fez outra petroleira indiana, a Nayara Energy, cujo controle acionário pertence em 49,13% à russa Rosneft. A empresa possui a terceira maior refinaria do país em Vadinar, processando até 400 mil toneladas de matéria-prima diariamente. Segundo o The Economic Times, a Nayara não abandonará o comércio com Moscou.O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Andrei Rudenko, confirmou que a Índia continua comprando petróleo russo.A vice-diretora de atividades internacionais da Faculdade de Economia da Universidade RUDN, Daria Sokolan, lembrou que "a Rússia é atualmente um dos principais atores no mercado de recursos energéticos e oferece preços favoráveis. Embora os suprimentos de petróleo russo para a Índia devam ser temporariamente reduzidos, especialistas projetam que as importações serão gradualmente restabelecidas já no primeiro semestre de 2026.A recuperação será facilitada pela contínua atratividade econômica do petróleo russo e pelos custos adicionais que os refinadores indianos incorreriam ao migrar para fornecedores dos EUA e do Oriente Médio. Entre os desafios potenciais estão o aumento de custos de transporte, complexidade logística e infraestrutural, e riscos operacionais.Há também aspectos tecnológicos: muitas refinarias indianas, especialmente as modernas, foram adaptadas especificamente para processar petróleo russo. Uma eventual migração para outros fornecedores exigiria modernizações que anulariam quaisquer benefícios potenciais dos concorrentes.Se antes de 2022 as importações indianas de petróleo russo representavam 0,2% do total importado, hoje alcançam 35% a 40%. De acordo com estimativas do Fundo Monetário Internacional, o país economiza de cinco a sete bilhões de dólares anualmente graças ao comércio com Moscou.Assim, analistas concluem que a Índia continuará buscando petróleo russo até o fim, desenvolvendo novas formas de contornar sanções. Uma renúncia completa aos suprimentos russos seria extremamente dolorosa e onerosa para o país.Em 22 de outubro, o Departamento do Tesouro dos EUA incluiu as empresas russas Rosneft e Lukoil, bem como suas subsidiárias, em um novo pacote de sanções antirrussas, que entrará plenamente em vigor em 21 de novembro. Os Estados Unidos acreditam que essas restrições devem pressionar Moscou no que diz respeito ao conflito na Ucrânia.
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Índia continua a comprar petróleo russo apesar da pressão dos EUA, notam analistas russos
13:10 14.11.2025 (atualizado: 22:01 14.11.2025) Apesar da pressão dos EUA, a Índia continuará a trabalhar com os fornecedores russos de petróleo, contornando as sanções antirrussas impostas pela Casa Branca, opinam especialistas russos.
A administração de Donald Trump exige há meses que Nova Deli pare de comprar recursos energéticos russos e chegou a impor taxas de 50% sobre todas as importações indianas.
Como resultado, cinco petroleiras indianas, incluindo a Reliance Industries, proprietária da maior refinaria do mundo em Jamnagar, suspenderam as transações para dezembro,
informou a Bloomberg. Trump
afirmou que as refinarias indianas "em sua maioria pararam" de comprar petróleo russo
devido à pressão norte-americana.O consultor de negócios russo Sergei Yermilov disse à Sputnik que a Reliance Industries
aumentou simultaneamente as importações
do Oriente Médio, do Brasil e dos
Estados Unidos, apesar de possuir contrato de dez anos com a Rosneft, que prevê o fornecimento de cerca de
500 mil barris diários.
No entanto, segundo várias fontes ocidentais, a estatal Indian Oil Corp (IOC) pagou por cinco lotes de petróleo russo com entrega planejada para dezembro deste ano. O diretor financeiro da IOC, Anuj Jain, assegurou que a corporação não pretende abandonar a cooperação com Moscou.
De acordo com traders, a Indian Oil adquiriu o petróleo
de empresas russas não sujeitas a
sanções ocidentais. Como resultado, a refinaria da IOC receberá cerca de
3,5 milhões de barris de petróleo ESPO a um preço próximo às cotações de Dubai.
O mesmo fez outra petroleira indiana, a Nayara Energy, cujo controle acionário pertence em 49,13% à russa Rosneft. A empresa possui a terceira maior refinaria do país em Vadinar, processando até 400 mil toneladas de matéria-prima diariamente. Segundo o The Economic Times, a Nayara não abandonará o comércio com Moscou.
O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Andrei Rudenko, confirmou que a Índia continua comprando petróleo russo.
A vice-diretora de atividades internacionais da Faculdade de Economia da Universidade RUDN, Daria Sokolan, lembrou que "a Rússia é atualmente um dos principais atores no mercado de recursos energéticos e oferece preços favoráveis.
"Por que recusar isso? Além do mais, a Índia manifestou desejo de fortalecer a cooperação no âmbito dos BRICS", enfatizou a especialista.
Embora os suprimentos de petróleo russo para a Índia devam ser temporariamente reduzidos, especialistas projetam que as importações serão gradualmente restabelecidas já no primeiro semestre de 2026.
A recuperação será facilitada pela contínua atratividade econômica do petróleo russo e pelos custos adicionais que os refinadores indianos incorreriam ao migrar para fornecedores dos EUA e do Oriente Médio. Entre os desafios potenciais estão o aumento de custos de transporte, complexidade logística e infraestrutural, e riscos operacionais.
Há também aspectos tecnológicos: muitas refinarias indianas, especialmente as modernas, foram adaptadas especificamente para processar petróleo russo. Uma eventual migração para outros fornecedores exigiria modernizações que anulariam quaisquer benefícios potenciais dos concorrentes.
Se antes de 2022 as importações indianas de petróleo russo representavam 0,2% do total importado, hoje alcançam 35% a 40%. De acordo com estimativas do Fundo Monetário Internacional, o país economiza de cinco a sete bilhões de dólares anualmente graças ao comércio com Moscou.
Assim, analistas concluem que a Índia continuará buscando petróleo russo até o fim, desenvolvendo novas formas de contornar sanções. Uma renúncia completa aos suprimentos russos seria extremamente dolorosa e onerosa para o país.
Em 22 de outubro, o
Departamento do Tesouro dos EUA incluiu as empresas russas Rosneft e Lukoil, bem como suas subsidiárias, em um novo pacote de sanções antirrussas, que entrará plenamente em vigor em 21 de novembro. Os Estados Unidos acreditam que essas restrições devem pressionar Moscou no que diz respeito ao conflito na Ucrânia.
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