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Irã encerra Acordo do Cairo com agência de energia nuclear da ONU

© Sputnik / Sergey Guneev / Acessar o banco de imagensO ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, em coletiva de imprensa após reunião com seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em 18 de abril de 2025
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, em coletiva de imprensa após reunião com seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em 18 de abril de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 20.11.2025
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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou nesta quinta-feira (20) que a República Islâmica cancelou o acordo firmado com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em setembro, em resposta à mais recente resolução da agência.
O Conselho da AIEA instou o Irã a fornecer aos inspetores da agência "informações precisas" sobre seu estoque de urânio enriquecido e a conceder acesso às suas instalações nucleares.

Araghchi criticou a resolução, considerando-a prejudicial à cooperação da AIEA com Teerã e uma ameaça à autoridade e independência da agência. O representante permanente do Irã junto às organizações internacionais em Viena, Reza Najafi, classificou a resolução da AIEA como não construtiva e politizada.
No domingo (16), o vice-presidente iraniano e presidente da Organização de Energia Atômica do Irã, Mohammad Eslami, afirmou que o primeiro local nuclear iraniano atacado por Israel foi uma fábrica que produzia combustível para um reator de pesquisa nuclear, em Teerã, do qual somente a AIEA tinha conhecimento.
O reator de pesquisa nuclear, para o qual o combustível da fábrica era utilizado, tem fins pacíficos, como a produção de medicamentos radioativos para hospitais, acrescentou o ministro.
O vice-presidente do Irã e chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Mohammad Eslami, no Fórum Atômico Global, em setembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 16.11.2025
Panorama internacional
Autoridade do Irã acusa AIEA de alertar Israel sobre instalações nucleares do Irã
Sem um acordo com a AIEA, Araghchi também afirmou que seu país não pretende extrair urânio enriquecido dos escombros das instalações nucleares atacadas por Israel e pelos Estados Unidos.
Em entrevista à revista The Economist, o ministro rejeitou a teoria de que o Irã teria removido parte do material enriquecido antes dos bombardeios. "Não. Todo o nosso material enriquecido está sob os escombros. Ele ainda não foi removido, e não pretendemos removê-lo até chegarmos a um acordo com a AIEA", afirmou Araghchi.
O ministro das Relações Exteriores observou que a AIEA não realiza inspeções em instalações atacadas devido à falta de um protocolo para tais situações. "Nenhuma instalação nuclear pacífica sob salvaguardas jamais foi atacada, portanto não há precedente de como conduzir uma inspeção após um ataque", acrescentou.
Em 13 de junho, Israel lançou uma operação militar contra o Irã, visando instalações nucleares, comandantes militares, físicos nucleares proeminentes e bases aéreas, após acusar o país de manter um programa nuclear militar secreto. O Irã rejeitou as acusações. Durante 12 dias, houve troca de ataques, aos quais se juntaram os Estados Unidos, que atingiram instalações nucleares iranianas em 22 de junho.
Teerã retaliou atacando a base aérea americana de Al Udeid, no Catar, e anunciou que não tinha intenção de intensificar ainda mais o conflito. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em 23 de junho que Israel e Irã haviam concordado com um cessar-fogo para encerrar "a guerra de 12 dias".
O presidente dos EUA, Donald Trump, então expressou esperança de que o ataque à base militar americana no Catar tivesse "aliviado a pressão" para o Irã, e que um caminho para a paz e a harmonia no Oriente Médio fosse possível. Ele também anunciou que Israel e Irã haviam concordado com um cessar-fogo.
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