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Mistério resolvido: ondas do manto levam fragmentos continentais a vulcões oceânicos
Mistério resolvido: ondas do manto levam fragmentos continentais a vulcões oceânicos
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Geocientistas revelaram que fragmentos de continentes são lentamente arrancados pela base e transportados por "ondas do manto", enriquecendo o manto oceânico e... 23.11.2025, Sputnik Brasil
2025-11-23T10:44-0300
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Um mistério que intrigava especialistas há décadas parece finalmente ter sido desvendado : por que algumas ilhas oceânicas apresentam tanto material continental mesmo estando longe das placas? A resposta está em processos lentos e quase imperceptíveis que ocorrem nas profundezas da Terra.Pesquisadores da Universidade de Southampton identificaram que fragmentos de continentes são arrancados pela base por forças tectônicas e transportados por "ondas do manto", movimentos ondulantes que enriquecem o manto oceânico e alimentam vulcões por milhões de anos.Esse mecanismo explica a presença de assinaturas químicas continentais em regiões oceânicas, algo que já havia sido observado, mas nunca totalmente compreendido.Até então, hipóteses como reciclagem de sedimentos pela subducção ou plumas mantélicas ascendendo das profundezas eram consideradas. Embora contribuam, não justificam todas as áreas enriquecidas, que revelam mosaicos de rochas de diferentes idades.A nova teoria mostra que, quando um continente se fragmenta, desencadeia instabilidades que varrem suas raízes a até 200 quilômetros de profundidade. Esse material pode ser transportado por mais de mil quilômetros, sustentando vulcanismo oceânico por dezenas de milhões de anos.O processo é extremamente lento, muito mais do que o deslocamento de um caracol, mas deixa marcas duradouras. Evidências surgem em cadeias submarinas como a da Ilha Christmas, formada após a ruptura de Gondwana, sem sinais de plumas, mas com vulcanismo enriquecido compatível com o modelo.Os cientistas destacam que o manto continua se reorganizando mesmo após a abertura de novas bacias oceânicas, mantendo o transporte de material enriquecido. Isso explica por que a assinatura química continental persiste muito tempo depois da separação dos continentes.Além de esclarecer o enriquecimento oceânico, os pesquisadores apontam que essas ondas mantélicas podem provocar erupções de magmas ricos em diamantes e até elevar terrenos estáveis em mais de um quilômetro, formando algumas das maiores estruturas topográficas do planeta.
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Mistério resolvido: ondas do manto levam fragmentos continentais a vulcões oceânicos
10:44 23.11.2025 (atualizado: 20:30 23.11.2025) Geocientistas revelaram que fragmentos de continentes são lentamente arrancados pela base e transportados por "ondas do manto", enriquecendo o manto oceânico e sustentando vulcanismo por milhões de anos — uma descoberta que explica a presença de material continental em ilhas distantes das placas.
Um mistério que intrigava especialistas há décadas parece finalmente ter sido desvendado : por que algumas ilhas oceânicas apresentam tanto material continental mesmo estando longe das placas? A resposta está em
processos lentos e quase imperceptíveis que ocorrem nas
profundezas da Terra.
Pesquisadores da Universidade de Southampton identificaram que fragmentos de continentes são arrancados pela base por
forças tectônicas e transportados por "ondas do manto", movimentos ondulantes que enriquecem o manto oceânico e
alimentam vulcões por milhões de anos.
Esse mecanismo explica a presença de assinaturas químicas continentais em regiões oceânicas, algo que já havia sido observado, mas nunca totalmente compreendido.
"Sabemos há décadas que partes do manto sob os oceanos parecem estranhamente contaminadas", afirma Thomas Gernon, autor principal do estudo.
Até então, hipóteses como reciclagem de sedimentos pela subducção ou plumas mantélicas ascendendo das profundezas eram consideradas. Embora contribuam,
não justificam todas as áreas enriquecidas, que revelam
mosaicos de rochas de diferentes idades.
A nova teoria mostra que, quando um continente se fragmenta,
desencadeia instabilidades que varrem suas raízes a até 200 quilômetros de profundidade. Esse material pode ser transportado por mais de mil quilômetros, sustentando
vulcanismo oceânico por dezenas de milhões de anos.
O
processo é extremamente lento, muito mais do que o deslocamento de um caracol, mas deixa
marcas duradouras. Evidências surgem em cadeias submarinas como a da Ilha Christmas, formada após a ruptura de Gondwana, sem sinais de plumas, mas com vulcanismo enriquecido compatível com o modelo.
Os cientistas destacam que o manto continua se reorganizando mesmo após a abertura de novas bacias oceânicas, mantendo o transporte de
material enriquecido. Isso explica por que a
assinatura química continental persiste muito tempo depois da separação dos continentes.
Além de esclarecer o enriquecimento oceânico, os pesquisadores apontam que essas ondas mantélicas podem
provocar erupções de magmas ricos em diamantes e
até elevar terrenos estáveis em mais de um quilômetro, formando algumas das maiores estruturas topográficas do planeta.
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