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China e Índia não desistirão do petróleo russo apesar da pressão das sanções ocidentais, diz analista

© telegram SputnikBrasil / Acessar o banco de imagensEm meio às ameaças de Trump, OPEP prevê aumento de produção de petróleo para setembro
Em meio às ameaças de Trump, OPEP prevê aumento de produção de petróleo para setembro - Sputnik Brasil, 1920, 26.11.2025
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Apesar da pressão de Washington, nem a Índia nem a China deixarão de comprar petróleo russo, reforçando assim suas vantagens competitivas no cenário global, afirmou à Sputnik o presidente da União Russo-Asiática de Industriais e Empresários, Vitaly Mankevich.
Na avaliação do especialista russo, as duas potências asiáticas, China e Índia, não poderão abrir mão dos fornecimentos de petróleo russo devido aos benefícios dessa cooperação, mesmo diante das sanções e das intimidações impostas pelo Ocidente.

"Acredito que, apesar da pressão de Washington, nem Nova Deli nem Pequim jamais abandonarão o petróleo russo, por mais que sejam intimidados", disse o analista.

Segundo Mankevich, a continuidade dessa cooperação petrolífera baseia-se não apenas na parceria estratégica entre a Rússia e os dois gigantes asiáticos. Ele explicou que os países asiáticos ampliam suas vantagens competitivas no mercado global ao adquirir petróleo russo em grandes quantidades e a preços reduzidos.

"Os recursos energéticos são um fator-chave para uma vantagem competitiva. Ao comprar petróleo de Moscou em quantidades tão grandes hoje, e com um bom desconto, tanto a Índia quanto a China estão aumentando suas vantagens competitivas no mundo", destacou.

Ao responder a uma pergunta da Sputnik sobre a possível influência das sanções secundárias impostas pelo Ocidente, o analista recorreu a um dito popular e disse: "O diabo não é tão feio quanto se pinta".
O especialista adicionou que não há dúvida de que as sanções criam dificuldades nas áreas financeira e logística, mas enfatizou que as empresas russas e asiáticas já se adaptaram a trabalhar nessas condições.

"Além disso, nos últimas três anos e meio, as sanções secundárias não adquiriram um caráter total: atingiram apenas algumas empresas da China e de outros países asiáticos aliados", explicou.

Mankevich destacou duas razões pelas quais as tarifas impostas pelo Ocidente contra a Índia e a China são ineficazes.
Primeiro, segundo ele, as empresas chinesas e indianas que importam petróleo russo não se preocupam com a situação das companhias que exportam produtos derivados desse petróleo para os países ocidentais, pois são essas, sim, que enfrentam as tarifas de Trump.
Em segundo lugar, o especialista observou que os produtos indianos e chineses são altamente demandados nos mercados ocidentais. Se as tarifas alfandegárias aumentarem, o custo dessas mercadorias para os consumidores ocidentais também subirá, assim como a inflação. Por isso, a imposição de tarifas acaba sendo mais desvantajosa para o próprio Ocidente.
O especialista acrescentou ainda que a maior parte dos pagamentos é feita em rublos e yuans, enquanto o dólar e o euro, moedas ocidentais, desempenham um papel cada vez menor no comércio entre países asiáticos.
Brasil e Índia continuam a comprar petróleo russo, apesar das ameaças dos EUA - Sputnik Brasil, 1920, 14.11.2025
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Índia continua a comprar petróleo russo apesar da pressão dos EUA, notam analistas russos
No final de outubro, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia oferece energia competitiva a preços atrativos, mas cabe à Índia e à China decidir soberanamente se a comprarão ou não.

"Estamos oferecendo nosso produto. Esse produto é de importância estratégica para muitos países. Ele é competitivo e atrativo. Cabe, então, aos países decidir por si mesmos o quanto ele é vantajoso e até que ponto outras alternativas propostas podem competir com nosso produto", declarou Peskov.

O porta-voz do Kremlin ressaltou ainda que a Rússia mantém discussões com a Índia e a China sobre uma ampla gama de questões no âmbito da cooperação comercial e econômica.
O Kremlin reiterou que as exigências dos Estados Unidos para que outros países rompam relações comerciais com a Rússia, inclusive no setor energético, constituem ameaças ilegais.
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