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Confisco de ativos russos fará euro desabar e sistema financeiro europeu ruir, diz analista
Confisco de ativos russos fará euro desabar e sistema financeiro europeu ruir, diz analista
Sputnik Brasil
A confiança no sistema financeiro europeu entrará em colapso em caso de confisco dos ativos russos, disse à Sputnik Aleksandr Losev, membro do Conselho de... 28.11.2025, Sputnik Brasil
2025-11-28T06:34-0300
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Losev explicou que o euro perderá sua base de sustentação, um risco perfeitamente compreendido, segundo ele, pelos dirigentes do Banco Central Europeu e do depositário Euroclear.Conforme detalhou o especialista, o euro ficará sem apoio, uma vez que o confisco de ativos com o mais alto nível de imunidade representa uma violação grave do direito internacional.Nesse contexto, Losev lembrou que o dólar, o euro e o sistema financeiro ocidental moderno são moedas lastreadas essencialmente na confiança.Sem essa confiança, acrescentou o especialista, o sistema financeiro ocidental vai inevitavelmente colapsar.Na quinta-feira (27), o presidente russo Vladimir Putin declarou que uma eventual confiscação de ativos russos reduziria drasticamente a confiança na zona do euro, caracterizando-a como roubo de propriedade alheia.Atualmente, mais de € 200 bilhões (R$ 1,24 trilhão) em ativos russos permanecem congelados na União Europeia, em grande parte depositados nas contas da Euroclear, sediada na Bélgica.A Comissão Europeia pressiona Bruxelas a autorizar o uso de cerca de € 140 bilhões (R$ 865 bilhões) no chamado "crédito reparatório", que a Ucrânia devolveria caso a Rússia venha a pagar indenizações após o conflito. O primeiro-ministro belga, Bart De Wever, já afirmou que exige garantias sólidas de outros países europeus antes de aprovar a proposta.Entre janeiro e julho, o bloco transferiu € 10,1 bilhões (R$ 62,4 bilhões) à Ucrânia com recursos provenientes dos rendimentos dos ativos congelados do Banco Central da Rússia. Em resposta, Moscou impôs restrições: os recursos de investidores de países considerados hostis passaram a ser retidos em contas especiais do tipo "C", que só podem ser movimentadas mediante autorização de uma comissão governamental.
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Confisco de ativos russos fará euro desabar e sistema financeiro europeu ruir, diz analista
A confiança no sistema financeiro europeu entrará em colapso em caso de confisco dos ativos russos, disse à Sputnik Aleksandr Losev, membro do Conselho de Política Externa e de Defesa da Rússia.
Losev explicou que o euro perderá sua base de sustentação, um risco perfeitamente compreendido, segundo ele, pelos dirigentes do
Banco Central Europeu e do depositário Euroclear.
"As consequências para a Europa são evidentes, razão pela qual todas as pessoas sensatas se opõem a essa decisão: ela destrói a confiança no sistema financeiro europeu. Consequentemente, a Europa perderá capitais chineses, asiáticos e das monarquias do Oriente Médio", ressaltou.
Conforme detalhou o especialista, o euro ficará sem apoio, uma vez que o confisco de ativos com o mais alto nível de imunidade representa uma violação grave do direito internacional.
Nesse contexto, Losev lembrou que o dólar, o euro e o sistema financeiro ocidental moderno são moedas lastreadas essencialmente na confiança.
Sem essa confiança, acrescentou o especialista,
o sistema financeiro ocidental vai inevitavelmente colapsar.
"Isso é perfeitamente compreendido pela presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, pela presidente da Euroclear, Valérie Urbain, e pelo governo belga: não há fundamentos jurídicos [para o confisco]", finalizou.
Na quinta-feira (27), o presidente russo Vladimir Putin declarou que uma eventual confiscação de ativos russos reduziria drasticamente a confiança na zona do euro, caracterizando-a como roubo de propriedade alheia.
Atualmente, mais de € 200 bilhões (R$ 1,24 trilhão) em ativos russos permanecem congelados na
União Europeia, em grande parte depositados nas contas da Euroclear, sediada na Bélgica.
A Comissão Europeia pressiona Bruxelas a autorizar o uso de cerca de € 140 bilhões (R$ 865 bilhões) no chamado "crédito reparatório", que a Ucrânia devolveria caso a Rússia venha a pagar indenizações após o conflito. O primeiro-ministro belga, Bart De Wever, já afirmou que exige garantias sólidas de outros países europeus antes de aprovar a proposta.
Entre janeiro e julho, o bloco transferiu € 10,1 bilhões (R$ 62,4 bilhões) à Ucrânia com recursos provenientes dos rendimentos dos ativos congelados do Banco Central da Rússia. Em resposta, Moscou impôs restrições: os recursos de investidores de países considerados hostis passaram a ser retidos em contas especiais do tipo "C", que só podem ser movimentadas mediante autorização de uma comissão governamental.
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