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UE libera só 5% de fundo verde; burocracia trava bilhões para tecnologias limpas, diz mídia
UE libera só 5% de fundo verde; burocracia trava bilhões para tecnologias limpas, diz mídia
Sputnik Brasil
Bruxelas desembolsou apenas 4,7% dos € 7,1 bilhões prometidos para tecnologias verdes desde 2021. As empresas enfrentam até 3.000 horas de burocracia e custos... 30.11.2025, Sputnik Brasil
2025-11-30T11:58-0300
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De acordo com o Financial Times (FT), a União Europeia (UE) desembolsou apenas uma pequena fração dos recursos prometidos para tecnologias verdes. Dos € 7,1 bilhões (cerca de R$ 43,9 bilhões) concedidos pelo Fundo de Inovação desde 2021, apenas 4,7% foram pagos às empresas, em razão da burocracia excessiva, que dificulta o acesso ao dinheiro.O processo de candidatura é longo e oneroso. Segundo a Comissão Europeia, 77% dos candidatos precisaram contratar consultores para lidar com a complexidade, gastando em média € 85.000 (R$ 525.929) por inscrição. Esse valor é muito superior ao custo médio para acessar outros programas, como o Horizonte Europa.A taxa de sucesso também é baixa: menos de 20% das candidaturas são aprovadas. Entre os projetos financiados, apenas 6% estão operacionais, enquanto até 20% enfrentam atrasos. Esse cenário reforça críticas de que a burocracia está sufocando a competitividade europeia, como apontou Mario Draghi em relatório recente.O Fundo de Inovação, alimentado pelas receitas do sistema de comércio de emissões da UE, é considerado um dos maiores programas globais de apoio a tecnologias de baixo carbono. Foi lançado como resposta ao pacote de US$ 369 bilhões (mais de R$ 2,2 trilhões) anunciado nos EUA pela Lei de Redução da Inflação, mas enfrenta dificuldades para cumprir seu papel estratégico.As empresas relatam custos e esforços desproporcionais. Ainda segundo o FT, Victor van Hoorn, da Cleantech for Europe, disse que algumas candidaturas exigiram até 3.000 horas de trabalho. Já a Ecocem dedicou uma equipe inteira por cinco meses, gastando centenas de milhares de euros, algo inviável para companhias menores.Além disso, os fundos têm sido direcionados a grandes projetos, como captura de carbono e hidrogênio verde, que são caros e complexos de financiar, gerando atrasos adicionais. A Comissão defende que o processo rigoroso ajuda a aprimorar os projetos, mas reconhece que iniciativas pioneiras exigem mais tempo para se consolidar.As condições de mercado também dificultam a aplicação dos recursos. A Vianode, que recebeu € 90 milhões (cerca de R$ 556,8 milhões) para produzir grafite sintético, desistiu de instalar sua fábrica na Europa devido à concorrência chinesa e optou pelo Canadá, onde conseguiu contrato com a General Motors.Especialistas como Leon de Graaf afirmam à mídia que o fundo tem potencial, mas a forma de distribuição é inadequada. A Comissão estima que € 40 bilhões (aproximadamente R$ 247,4 bilhões) possam ser destinados ao programa até 2030, mas a baixa execução atual representa um enorme custo de oportunidade para a Europa em sua corrida tecnológica verde.
https://noticiabrasil.net.br/20251029/ue-reage-a-restricoes-da-china-e-propoe-fundo-para-garantir-minerais-estrategicos-diz-midia-44684267.html
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UE libera só 5% de fundo verde; burocracia trava bilhões para tecnologias limpas, diz mídia
11:58 30.11.2025 (atualizado: 20:01 30.11.2025) Bruxelas desembolsou apenas 4,7% dos € 7,1 bilhões prometidos para tecnologias verdes desde 2021. As empresas enfrentam até 3.000 horas de burocracia e custos médios de € 85 mil por candidatura, o que limita o acesso aos fundos e gera atrasos em projetos estratégicos.
De
acordo com o Financial Times (FT), a União Europeia (UE)
desembolsou apenas uma pequena fração dos recursos prometidos para tecnologias verdes. Dos € 7,1 bilhões (cerca de R$ 43,9 bilhões) concedidos pelo Fundo de Inovação desde 2021, apenas 4,7% foram pagos às empresas, em razão da
burocracia excessiva, que dificulta o acesso ao dinheiro.
O processo de candidatura é
longo e oneroso. Segundo a Comissão Europeia, 77% dos
candidatos precisaram contratar consultores para lidar com a complexidade, gastando em média € 85.000 (R$ 525.929) por inscrição. Esse valor é muito superior ao
custo médio para acessar outros programas, como o Horizonte Europa.
A taxa de sucesso também é baixa: menos de 20% das candidaturas são aprovadas. Entre os projetos financiados,
apenas 6% estão operacionais, enquanto até 20% enfrentam atrasos. Esse cenário reforça críticas de que a burocracia está sufocando a
competitividade europeia, como apontou Mario Draghi em relatório recente.
O Fundo de Inovação, alimentado pelas receitas do sistema de comércio de emissões da UE, é
considerado um dos maiores programas globais de apoio a tecnologias de baixo carbono. Foi lançado como resposta ao pacote de US$ 369 bilhões (mais de R$ 2,2 trilhões) anunciado nos EUA pela
Lei de Redução da Inflação, mas enfrenta dificuldades para cumprir seu papel estratégico.
As empresas relatam custos e esforços desproporcionais. Ainda segundo o FT, Victor van Hoorn, da Cleantech for Europe, disse que
algumas candidaturas exigiram até 3.000 horas de trabalho. Já a Ecocem dedicou uma equipe inteira por cinco meses,
gastando centenas de milhares de euros, algo inviável para companhias menores.
Além disso, os fundos têm sido direcionados a grandes projetos, como captura de carbono e hidrogênio verde, que são caros e complexos de financiar, gerando atrasos adicionais. A
Comissão defende que o processo rigoroso ajuda a aprimorar os projetos, mas reconhece que iniciativas pioneiras exigem mais
tempo para se consolidar.
As condições de mercado também dificultam a
aplicação dos recursos. A Vianode, que recebeu € 90 milhões (cerca de R$ 556,8 milhões) para produzir grafite sintético,
desistiu de instalar sua fábrica na Europa devido à concorrência chinesa e optou pelo Canadá, onde conseguiu contrato com a General Motors.
Especialistas como Leon de Graaf afirmam à mídia que o fundo tem potencial, mas a forma de distribuição é inadequada. A Comissão estima que € 40 bilhões (aproximadamente R$ 247,4 bilhões) possam ser destinados ao programa até 2030, mas a baixa execução atual representa um enorme custo de oportunidade para a Europa em sua corrida tecnológica verde.
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