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Astrônomos identificam estrela companheira que pode explicar poeira em sistema a 70 anos-luz
Astrônomos identificam estrela companheira que pode explicar poeira em sistema a 70 anos-luz
Sputnik Brasil
A presença de poeira extremamente quente em torno da estrela Kappa Tucanae A, a cerca de 70 anos-luz da Terra, tem intrigado cientistas há anos. Essas... 03.12.2025, Sputnik Brasil
2025-12-03T09:51-0300
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Agora, uma equipe da Universidade do Arizona afirma ter encontrado a pista decisiva: uma estrela companheira que atravessa exatamente a região onde essa poeira persiste.A descoberta, publicada no Astronomical Journal, representa a detecção de maior contraste já obtida pelo instrumento MATISSE, do Observatório Europeu do Sul. Segundo os cientistas, a presença dessa estrela secundária pode finalmente ajudar a explicar a origem da chamada poeira exozodiacal quente, um fenômeno que atrapalha a busca por planetas parecidos com a Terra.Como esse material cria "vazamentos coronográficos", ele pode mascarar sinais de mundos habitáveis — um desafio para missões como o futuro Habitable Worlds Observatory, previsto para os anos 2040.As observações, feitas entre 2022 e 2024 com técnicas de interferometria, revelaram que a companheira de Kappa Tucanae A segue uma órbita altamente excêntrica, aproximando-se até 0,3 unidade astronômica da estrela principal. Essa trajetória extrema a faz cruzar repetidamente a região rica em poeira.Para os pesquisadores, o sistema deixa de ser apenas enigmático para se tornar um verdadeiro laboratório natural.O trabalho também destaca a longa tradição do Observatório Steward em pesquisas de interferometria e poeira exozodiacal. O Large Binocular Telescope Interferometer (LBTI) foi essencial para estudos anteriores e formou especialistas hoje envolvidos no desenvolvimento de instrumentos ainda mais sensíveis na Europa.Steve Ertel, que recebeu financiamento da NASA para expandir essas investigações, ressaltou ainda que o Observatório Steward se estabeleceu como líder global nesse tipo de pesquisa, que é crucial para a obtenção de imagens de exoplanetas semelhantes à Terra.
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Astrônomos identificam estrela companheira que pode explicar poeira em sistema a 70 anos-luz
A presença de poeira extremamente quente em torno da estrela Kappa Tucanae A, a cerca de 70 anos-luz da Terra, tem intrigado cientistas há anos. Essas partículas, que atingem mais de 538 °C, deveriam evaporar ou ser dispersas pela radiação intensa, mas isso não acontece.
Agora, uma equipe da Universidade do Arizona afirma ter encontrado a pista decisiva: uma estrela companheira que atravessa exatamente a região onde essa poeira persiste.
"Se vemos poeira em tais quantidades, ela precisa ser reposta rapidamente ou deve existir algum mecanismo que prolongue sua vida", explicou o líder do estudo, Thomas Stuber, do Observatório Steward.
A descoberta,
publicada no Astronomical Journal, representa a detecção de maior contraste já obtida pelo instrumento MATISSE, do Observatório Europeu do Sul. Segundo os cientistas, a presença dessa estrela secundária pode finalmente ajudar a explicar a
origem da chamada poeira exozodiacal quente, um fenômeno que atrapalha a busca por
planetas parecidos com a Terra.
Como esse material cria "vazamentos coronográficos", ele pode mascarar sinais de mundos habitáveis — um desafio para missões como o futuro Habitable Worlds Observatory, previsto para os anos 2040.
As observações, feitas entre 2022 e 2024 com técnicas de interferometria, revelaram que a companheira de
Kappa Tucanae A segue uma
órbita altamente excêntrica, aproximando-se até 0,3 unidade astronômica da estrela principal. Essa trajetória extrema a faz
cruzar repetidamente a região rica em poeira.
"É praticamente impossível que essa companheira não esteja ligada à produção dessa poeira", afirmou o astrônomo Steve Ertel, coautor do estudo.
Para os pesquisadores, o sistema deixa de ser apenas enigmático para se tornar um verdadeiro laboratório natural.
O trabalho também destaca a longa tradição do Observatório Steward em pesquisas de interferometria e poeira exozodiacal. O Large Binocular Telescope Interferometer (LBTI) foi essencial para estudos anteriores e formou especialistas hoje envolvidos no desenvolvimento de instrumentos ainda mais sensíveis na Europa.
Steve Ertel, que recebeu financiamento da NASA para expandir essas investigações, ressaltou ainda que o Observatório Steward se estabeleceu como líder global nesse tipo de pesquisa, que é crucial para a obtenção de imagens de exoplanetas semelhantes à Terra.
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