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Ocidente busca interromper processo de paz na Ucrânia fazendo provocações no mar Negro, dizem analistas

© Sputnik / Vitaly TimkivBaía de Tsemess no mar Negro, Rússia, foto publicada em 11 de outubro de 2022
Baía de Tsemess no mar Negro, Rússia, foto publicada em 11 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 03.12.2025
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Os países ocidentais, que estão por trás do ataque ao navio-tanque russo no mar Negro, perto da Turquia, procuram interromper o processo de negociação de resolução do conflito na Ucrânia, bem como piorar as relações entre a Rússia e a Turquia, disseram analistas à Sputnik.
Na terça-feira (2), o navio-tanque russo Midvolga-2, que levava óleo vegetal, foi atacado por um drone, nas águas da zona econômica especial da Turquia. O ataque não causou vítimas e o navio russo não necessitou de ajuda, mas Moscou e Ancara não deixarão o acontecido sem resposta.
Ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, classificou todos os ataques no mar Negro como pirataria e afirmou que a maneira mais radical de parar esses ataques é cortar Kiev do mar.
Por sua vez, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que as ameaças à segurança da navegação na zona econômica exclusiva do país são inaceitáveis. De acordo com uma fonte sênior da Sputnik em Ancara, o lado turco transmitiu aos serviços de segurança da Ucrânia um sinal forte em conexão com o incidente.
Entretanto, o especialista turco em relações internacionais Gokhan Kurt sublinhou que os ataques a navios no mar Negro foram cometidos durante uma "fase sensível" do processo de paz da Ucrânia, e podem ser apoiados por forças que buscam interromper a tendência diplomática.

"Incidentes desse tipo podem ser vistos como uma tentativa de pressionar o processo de negociação no momento em que as partes chegaram a uma fase em que qualquer agravamento pode complicar a formação de acordos, a chamada 'fase sensível'", disse Kurt.

De acordo com o especialista, os ataques às rotas que transportam grandes volumes de produtos, incluindo o óleo vegetal, na verdade servem como um aviso sobre os riscos econômicos para os países da região e podem afetar as abordagens dos Estados para a segurança das comunicações comerciais.
Além disso, outro especialista político e jornalista turco, Ibrahim Karagul, disse à Sputnik que os ataques a navios russos no mar Negro visam agravar as relações entre a Turquia e a Rússia e por isso ambos os países devem evitar provocações do Ocidente.
"Há tentativas de colocar a Turquia e a Rússia uma contra a outra. No caso de uma provocação bem-sucedida, ambos os países podem enfraquecer, o que é benéfico para os Estados Unidos e a Europa. Não devemos derramar sangue por Estados Unidos e Europa e destruir nosso país para o bem-estar deles", declarou o jornalista.
Ele acrescentou que as ações das partes do conflito na Ucrânia transformam o mar Negro em um "mar de guerra", e enfatizou que os ataques a alvos econômicos não apenas suspendem o comércio, mas também arrastam outros países para o conflito.
Anteriormente, a Ucrânia organizou mais dois ataques com drones subaquáticos a outros navios, Kairos e Virat, no mar Negro. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que os ataques aos navios no mar Negro nas águas territoriais turcas não é apenas um "incidente flagrante", mas também um ataque à soberania da república turca, bem como à segurança e aos bens dos proprietários desses navios.
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