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Temor dos EUA, analista sugere que moeda do BRICS tenha este diferencial frente ao dólar; entenda
Temor dos EUA, analista sugere que moeda do BRICS tenha este diferencial frente ao dólar; entenda
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Para Frank-Jürgen Richter, ex-diretor do Fórum Econômico Mundial, a criação de uma moeda comum para ser utilizada entre países do afetaria significativamente a... 08.12.2025, Sputnik Brasil
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vem demonstrando incômodo com a proposta do grupo de criar uma moeda única, chegando até a ameaçar os países-membros com sanções caso avancem com a ideia.Em contrapartida, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu o plano do BRICS para que seus membros não dependam mais do dólar como reserva global, descrevendo como "uma moeda do mundo". O brasileiro vê a criação de uma nova moeda como essencial para o multilateralismo e para o equilíbrio nas negociações comerciais entre Estados.A ideia, explicam repetidamente os líderes do BRICS, não é criar uma moeda que substituiria as moedas nacionais no dia a dia dos cidadãos, mas sim uma que substitua o dólar na hora de se comercializarem bilateralmente, eliminando assim o intermédio do dólar.No Mundioka, podcast da Sputnik Brasil, o professor de economia do IBMEC de Brasília, Renan Silva, explicou a queda de credibilidade do dólar devido a sucessivas crises como em 2008 e a pandemia da COVID-19, que criou "a janela perfeita" para que países começassem a questionar a dependência da moeda estadunidense.Para o especialista, a moeda do BRICS, quando criada, deverá ser fundamentalmente diferente do dólar norte-americano e da maior parte das moedas nacionais, que são fiduciárias, isto é, não estão embasadas em um objeto físico que tenha valor, como o ouro. "Se lançarmos uma moeda sem lastro real, ela está fadada ao fracasso porque a moeda deve ser eleita por agentes econômicos, não imposta", diz. Em contrapartida, uma moeda lastreada em commodities, poderia ganhar mais tração ao ser lançada e ter credibilidade perante o mercado.O Mundioka também conversou com Karin Vazquez, professora associada da O.P. Jindal Global University e senior fellow do Center for China and Globalization. Em sua fala ao programa, ela destacou que concorda com a visão de Frank-Jürgen Richter, exposta no início do artigo. No entanto, ela acredita que a fala do ex-diretor subestima a inércia institucional do atual sistema financeiro internacional.Assim como Silva, Vazquez aponta que a velocidade dessa mudança estrutural depende da confiança dos mercados nesta nova moeda e seu uso em comércio, finanças, reservas e em contratos privados.Em sua visão, a tendência de cooperação entre países do Sul tem se expandindo de forma acelerada, como demonstrado pelo Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido pela alcunha de Banco do BRICS. Mas uma mudança na dominância do atual padrão monetário no curto prazo ainda é incerto."Acho que é importante destacar a velocidade das transformações no sul global, o tanto que já mudou nessas últimas décadas e que tem se acelerado, várias transformações, inovações financeiras, novas instituições que têm sido criadas nesses últimos anos e que talvez possam até encurtar esses prazos tradicionalmente considerados olhando ao longo da história."Por fim, ela explica que por mais que uma moeda única do BRICS seja algo difícil, algo mais simples e plausível seria a criação de uma moeda apenas para a liquidação entre bancos centrais e bancos de desenvolvimento, composta por uma cesta de moedas dos países-membros, ou um mecanismo de compensação que permita liquidar saldos em moedas nacionais.
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Temor dos EUA, analista sugere que moeda do BRICS tenha este diferencial frente ao dólar; entenda
18:25 08.12.2025 (atualizado: 20:06 08.12.2025) Redação
Equipe da Sputnik Brasil
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Para Frank-Jürgen Richter, ex-diretor do Fórum Econômico Mundial, a criação de uma moeda comum para ser utilizada entre países do afetaria significativamente a economia dos Estados Unidos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vem demonstrando incômodo com a proposta do grupo de criar uma moeda única, chegando até a ameaçar os países-membros com sanções caso avancem com a ideia.
Em contrapartida, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu o plano do BRICS para que seus membros não dependam mais do dólar como reserva global, descrevendo como "uma moeda do mundo". O brasileiro vê a criação de uma nova moeda como essencial para o multilateralismo e para o equilíbrio nas negociações comerciais entre Estados.
A ideia, explicam repetidamente os líderes do BRICS, não é criar uma moeda que substituiria as moedas nacionais no dia a dia dos cidadãos, mas sim uma que substitua o dólar na hora de se comercializarem bilateralmente, eliminando assim
o intermédio do dólar.No
Mundioka, podcast da
Sputnik Brasil, o professor de economia do IBMEC de Brasília,
Renan Silva, explicou a queda de credibilidade do dólar devido a sucessivas crises como em 2008 e a pandemia da COVID-19, que criou "a janela perfeita" para que países começassem a questionar a dependência da moeda estadunidense.
"Por que a gente não transaciona e vamos baratear os custos de transação para os nossos negócios entre nossos países?", argumentou.
Para o especialista, a moeda do BRICS, quando criada, deverá ser fundamentalmente diferente do dólar norte-americano e da maior parte das moedas nacionais,
que são fiduciárias, isto é, não estão embasadas em um objeto físico que tenha valor, como o ouro.
"Se lançarmos uma moeda sem lastro real, ela está fadada ao fracasso porque a moeda deve ser eleita por agentes econômicos, não imposta", diz. Em contrapartida, uma moeda lastreada em commodities, poderia ganhar mais tração ao ser lançada e ter credibilidade perante o mercado.
Composto por onze membros-plenos e outros dez parceiros, as economias do BRICS são responsáveis por grande parte das produções de commodities do mundo, como 44% da produção de petróleo, 36% de gás natural, 42% do trigo, 52% do arroz e 46% da soja, além de estarem entre os maiores produtores de ferro do mundo.
O Mundioka também conversou com Karin Vazquez, professora associada da O.P. Jindal Global University e senior fellow do Center for China and Globalization. Em sua fala ao programa, ela destacou que concorda com a visão de Frank-Jürgen Richter, exposta no início do artigo. No entanto, ela acredita que a fala do ex-diretor subestima a inércia institucional do atual sistema financeiro internacional.
Assim como Silva, Vazquez aponta que a velocidade dessa mudança estrutural depende da confiança dos mercados nesta nova moeda e seu uso em comércio, finanças, reservas e em contratos privados.
Em sua visão, a tendência de cooperação entre países do Sul tem se expandindo de forma acelerada, como demonstrado pelo Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido pela alcunha de Banco do BRICS. Mas uma mudança na dominância do atual padrão monetário no curto prazo ainda é incerto.
"Acho que é importante destacar a velocidade das transformações no sul global, o tanto que já mudou nessas últimas décadas e que tem se acelerado, várias transformações, inovações financeiras, novas instituições que têm sido criadas nesses últimos anos e que talvez possam até encurtar esses prazos tradicionalmente considerados olhando ao longo da história."
Por fim, ela explica que por mais que uma moeda única do BRICS seja algo difícil, algo mais simples e plausível seria a criação de uma moeda apenas para a
liquidação entre bancos centrais e bancos de desenvolvimento, composta por
uma cesta de moedas dos países-membros, ou um
mecanismo de compensação que permita liquidar saldos em moedas nacionais.
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