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Senado não pode ser 'cartório' da Câmara, diz presidente da CCJ após deputados aprovarem dosimetria

© Foto / Geraldo Magela / Agência SenadoO senador Otto Alencar (PSD-BA), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), durante reunião no Senado em 9 de dezembro de 2025
O senador Otto Alencar (PSD-BA), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), durante reunião no Senado em 9 de dezembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 10.12.2025
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O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, Otto Alencar, reagiu às pressões para uma votação rápida do Projeto de Lei (PL) da Dosimetria, que pode reduzir a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante sessão nesta quarta-feira (10), o senador Otto Alencar (PSD-BA) reforçou o papel independente do Senado Federal frente a pautas de alta demanda em Brasília e criticou a intenção inicial do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), de levar o PL da Dosimetria direto para o plenário.
A dosimetria foi aprovada na Câmara dos Deputados na madrugada de quarta-feira (10), por 291 votos a 148. A rápida movimentação no Senado, afirmou Alencar, seria um desrespeito aos senadores por ignorar o regimento da Casa. "Não é possível que não passe pela CCJ. Chega aqui e vota imediatamente? Vou discordar completamente."

"O Senado não pode, como já foi algumas vezes, ser cartório da Câmara Federal, de aprovar lá e aqui ter uma decisão cartorial referendando o que se passou lá. Isso é absolutamente inaceitável."

Segundo o senador Eduardo Braga (MDB-AM), é inadmissível que um projeto "dessa grandeza, que envolve questões tão dramáticas", fosse direto ao plenário.
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Em sua fala, Alencar também anunciou a escolha do senador Esperidião Amin (PP-SC) para relatar o PL na Casa. É esperado que o senador apresente seu parecer na próxima quarta-feira (17). Caso seja aprovado, o texto pode seguir ao plenário ainda este ano.

CCJ avança com pautas do governo

O tema da dosimetria não foi o único debatido na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania nesta quarta-feira. A CCJ aprovou também duas propostas de interesse do governo federal.
O primeiro foi o PL Antifacção, que deve ir a plenário ainda nesta quarta-feira. A matéria, de autoria do Planalto, passou na Câmara em 18 de novembro, após sofrer uma série de mudanças — algumas inclusive destoando muito do texto original, como a troca, da Polícia Federal para os estados, do destino de alguns recursos para o combate ao crime.
A principal alteração feita pelo relator do projeto de lei, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), foi a criação de uma contribuição sobre casas de apostas para financiar a segurança pública e o sistema prisional. A expectativa é que a Cide-Bets gere até R$ 30 bilhões por ano.
A governança desse e de outros recursos também foi alterada, com a inclusão de representantes dos ministérios públicos estaduais e federal, e do Poder Judiciário, no Conselho Gestor do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).
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A segunda foi a Proposta de Emenda à Constitução (PEC) da escala 6 x 1, relatada pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE). O texto reduz a jornada máxima de trabalho para 36 horas semanais; garante dois dias seguidos de descanso remunerado, de preferência seguidos aos sábados e domingos; e assegura transição sem corte salarial.
A proposta utiliza como base recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a mudança de 48 horas para 44 horas em 1988, que não causou prejuízos na produtividade nem desemprego, e representou um aumento salarial real para a população.
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