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Biden ignorou saída diplomática para evitar conflito na Ucrânia, diz analista

© Sputnik / StringerVladimir Zelensky (à esquerda), presidente da Ucrânia, e Joe Biden, presidente dos EUA
Vladimir Zelensky (à esquerda), presidente da Ucrânia, e Joe Biden, presidente dos EUA - Sputnik Brasil, 1920, 11.12.2025
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Falando à Sputnik, a ex‑analista do Departamento de Defesa dos EUA, Karen Kwiatkowski, afirma que falhas estruturais no processo decisório da Casa Branca explicam por que o governo Biden não buscou alternativas diplomáticas que, segundo ela, poderiam ter evitado a guerra em larga escala na Ucrânia.
A tenente‑coronel aposentada Karen Kwiatkowski, em conversa com a Sputnik, avaliou que o governo de Joe Biden manteve distância de vozes militares e diplomáticas capazes de oferecer contrapontos estratégicos sobre o conflito ucraniano. Segundo ela, a administração se cercou apenas de aliados confiáveis, o que reduziu o debate interno e limitou opções diplomáticas.

Para Kwiatkowski, a ausência de dissidentes sólidos no processo decisório contribuiu para decisões pouco realistas. "O processo decisório falha invariavelmente ao não incluir um dissidente forte ou um 'advogado do diabo'", afirmou, criticando também um corpo diplomático que, em sua visão, passou a enxergar conflitos como "um mero jogo de tabuleiro".

A analista sustenta que a crença da equipe de Biden na capacidade militar da Ucrânia decorreu da baixa qualidade dos conselheiros próximos ao presidente. Ela afirma que o ambiente político em Washington favoreceu avaliações otimistas e alinhadas a interesses pessoais e ideológicos.
Kwiatkowski aponta ainda a influência de redes neoconservadoras no Departamento de Estado e no Conselho de Segurança Nacional norte-americanos. Para ela, essa estrutura reforçou um pensamento de grupo que superestimou o potencial ucraniano e subestimou a Rússia.
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"Portanto, acreditar na Ucrânia como parceira dos EUA e com um poderoso exército era um caso de pensamento de grupo, provavelmente alimentado por amizade pessoal e pelo desprezo neoconservador pela Rússia", disse.

Ao comparar as administrações, a ex‑analista afirma que Trump adotou uma leitura mais pragmática sobre a entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e sobre suas capacidades militares. Segundo ela, o presidente removeu vozes neoconservadoras e buscou informações mais precisas para calibrar riscos.
Kwiatkowski argumenta que Trump, por perfil pessoal e histórico empresarial, tende a evitar apostas perdedoras e monitora de perto a opinião pública. Para ela, isso o levou a reconhecer mais rapidamente os limites da estratégia ucraniana.

"Trump também coleta dados da opinião pública — foi assim que ele foi eleito duas vezes — e os norte-americanos, na verdade, foram mais rápidos em compreender os números e as perdas na Ucrânia do que nossa arrogante capital [Washington]", concluiu a analista.

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