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James Webb flagra supernova de 13 bilhões de anos e quebra recorde cósmico (IMAGENS)

© Foto / NASA, ESA, CSA, STScI, Andrew Levan (Radboud University); Image Processing: Alyssa Pagan (STScI)O Telescópio Espacial James Webb da NASA identificou a fonte de um clarão de luz extremamente brilhante conhecido como explosão de raios gama: uma supernova que explodiu quando o universo tinha apenas 730 milhões de anos
O Telescópio Espacial James Webb da NASA identificou a fonte de um clarão de luz extremamente brilhante conhecido como explosão de raios gama: uma supernova que explodiu quando o universo tinha apenas 730 milhões de anos - Sputnik Brasil, 1920, 11.12.2025
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O Telescópio Espacial James Webb capturou a luz da supernova mais antiga já vista, ocorrida há 13 bilhões de anos e acompanhada por uma rara explosão de raios gama, revelando o colapso de uma estrela massiva e estabelecendo um novo recorde na observação do Universo primordial.
A luz da supernova mais antiga já registrada, emitida há 13 bilhões de anos — apenas 730 milhões de anos após o Big Bang — foi finalmente capturada pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST). O fenômeno veio acompanhado de uma intensa explosão de raios gama, sinal claro do colapso de uma estrela massiva e possivelmente do nascimento de um buraco negro estelar.
A raridade do evento impressionou astrônomos. Andrew Levan, das universidades Radboud e Warwick, destacou que apenas um punhado de explosões de raios gama foi detectado no primeiro bilhão de anos do Universo ao longo de cinco décadas de observações, tornando esta descoberta particularmente empolgante.
© Foto / NASA, ESA, CSA, STScI, Leah Hustak (STScI)A representação artística da supernova GRB 250314A durante sua explosão e três meses depois, quando foi observada pelo Webb. O Webb confirmou que a supernova ocorreu quando o universo tinha apenas 730 milhões de anos. À esquerda, os jatos característicos de uma explosão de raios gama podem ser vistos atravessando o material ejetado pela explosão da supernova. À direita, a supernova brilhante irradia através do gás que continua a ser expelido da explosão. Ao fundo, a galáxia hospedeira da supernova contém inúmeras regiões brilhantes de formação estelar
A representação artística da supernova GRB 250314A durante sua explosão e três meses depois, quando foi observada pelo Webb. O Webb confirmou que a supernova ocorreu quando o universo tinha apenas 730 milhões de anos. À esquerda, os jatos característicos de uma explosão de raios gama podem ser vistos atravessando o material ejetado pela explosão da supernova. À direita, a supernova brilhante irradia através do gás que continua a ser expelido da explosão. Ao fundo, a galáxia hospedeira da supernova contém inúmeras regiões brilhantes de formação estelar - Sputnik Brasil, 1920, 11.12.2025
A representação artística da supernova GRB 250314A durante sua explosão e três meses depois, quando foi observada pelo Webb. O Webb confirmou que a supernova ocorreu quando o universo tinha apenas 730 milhões de anos. À esquerda, os jatos característicos de uma explosão de raios gama podem ser vistos atravessando o material ejetado pela explosão da supernova. À direita, a supernova brilhante irradia através do gás que continua a ser expelido da explosão. Ao fundo, a galáxia hospedeira da supernova contém inúmeras regiões brilhantes de formação estelar
A detecção inicial ocorreu em 14 de março, quando o satélite franco-chinês SVOM registrou a explosão de raios gama. Noventa minutos depois, o Observatório Swift confirmou o evento em raios X, permitindo localizar com precisão a supernova GRB 250314A. Horas mais tarde, telescópios nas Ilhas Canárias e no Chile identificaram o brilho residual e confirmaram um desvio para o vermelho de 7,3, indicando que o evento remonta a 13 bilhões de anos.
A enorme distância cria um efeito curioso: devido à expansão do espaço, processos que normalmente levariam dias parecem se desenrolar ao longo de meses. Assim, o brilho máximo da supernova só seria observado, da nossa perspectiva, três meses e meio após a explosão original.
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Com esse comportamento previsto, a equipe de Levan solicitou tempo discricionário no JWST. Em 1º de julho, o telescópio utilizou sua câmera de infravermelho próximo para detectar diretamente a luz da supernova associada à GRB, algo que apenas o Webb seria capaz de fazer com clareza.
O telescópio também conseguiu identificar a galáxia hospedeira, ainda que reduzida a poucos pixels. Mesmo assim, os astrônomos concluíram que ela se assemelha a outras galáxias formadas na mesma época, reforçando a compreensão sobre o ambiente cósmico primordial.
O espectro da supernova surpreendeu por lembrar explosões modernas, sugerindo que a estrela progenitora tinha massa típica de estrelas massivas atuais. Contudo, análises futuras devem revelar diferenças importantes, já que ela explodiu em uma era com poucos elementos pesados. De todo modo, trata-se da supernova mais distante já observada, superando com folga o recorde anterior — também estabelecido pelo JWST — e oferecendo uma janela inédita para os primeiros instantes do cosmos.
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