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Europa enfraquecida não é mais prioridade estratégica dos EUA, opinam analistas alemães

© telegram SputnikBrasil / Acessar o banco de imagensEuropa não está em posição de ditar os termos de possível acordo sobre o conflito ucraniano, diz Vance
Europa não está em posição de ditar os termos de possível acordo sobre o conflito ucraniano, diz Vance - Sputnik Brasil, 1920, 12.12.2025
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O aumento das tensões políticas entre a Europa e os EUA está ligado à relutância do presidente estadunidense, Donald Trump, em contar com a segurança estratégica da Europa, porque ela própria está enfraquecida, conforme os especialistas alemães questionados pela agência turca Anadolu.
Conforme a publicação, as relações entre a Europa e os EUA pioraram após a administração Trump intensificar a sua política em relação à crise ucraniana, propor o seu plano sobre cessar-fogo na Ucrânia e, o que afetou a Europa mais, publicar a nova Estratégia de Segurança Nacional.
Em particular, a nova estratégia define a Ásia como direção principal da política externa da Casa Branca, e não a Europa, como isso tem sido a partir da época da Guerra Fria e até os recentes anos.
Mais do que isso, o novo documento estratégico já não chama mais a Rússia de "ameaça existencial" e confirma a intenção dos EUA de continuar a envidar esforços para resolver o conflito ucraniano.
Destaca-se que esses pontos são as principais razões da discordância entre os EUA e a Europa. Ao mesmo tempo, a tendência para o afastamento dos EUA da Europa iniciou-se ainda mais cedo: durante o mandato de Barack Obama.
Segundo o cientista político Volker Perthes, a mudança na política externa dos EUA começou antes de Trump, mas com ele esse processo acelerou.

"Trump se tornou um alerta para a Europa. Mas a mudança estrutural começou antes. Até Obama disse que a prioridade estava mudando para a Ásia. A Europa não está mais entre os principais interesses estratégicos dos EUA", disse Perthes.

Entretanto, os próprios cidadãos europeus tratam com desconfiança o futuro das relações com os EUA. Segundo o presidente da Fundação Korber, Thomas Paulsen, quase 75% dos cidadãos alemães entrevistados avaliam negativamente o futuro das relações transatlânticas. Há apenas um ano, segundo o especialista, eram 25%.
Paulsen chamou a política de Washington de um dos três maiores desafios para a política externa da Alemanha, juntamente com os conflitos na Ucrânia e em Gaza. Ele enfatizou a necessidade de uma Europa unida e de fortalecer suas próprias capacidades.
"Para desempenhar um papel no período de luta das grandes potências, a Europa deve ser forte em termos políticos, econômicos e militares", disse ele.
Outro analista alemão, Olaf Behnke, especialista em política externa, afirmou que, com Trump, as relações entre os EUA e a Europa perderam os seus alicerces estratégicos baseados em valores e parcerias de longo prazo.
O especialista observou que Trump vê a política internacional apenas como um sistema de "acordos" e "benefícios" para os Estados Unidos.
"Ele só está interessado em uma coisa – qual será o benefício para os Estados Unidos. Isso também pode ser visto no plano de 28 pontos apresentado por Washington sobre a Ucrânia", disse o analista.
O especialista alertou os europeus para se prepararem para cenários desfavoráveis e criticou as autoridades europeias pelos atrasos nos investimentos militares e no cumprimento dos compromissos no âmbito da OTAN.

"Em vez de reclamar sobre a deterioração das relações com os Estados Unidos, os europeus precisam se concentrar em suas próprias responsabilidades e no que pode ser feito para fortalecer sua posição", disse ele.

Nesta segunda-feira (8), o senador russo Aleksei Pushkov, afirmou que o conflito entre os EUA e a Europa está crescendo não apenas devido a atritos sobre a Ucrânia.
As questões comerciais e políticas tarifárias, bem como disputas sobre valores fundamentais, abordagens das relações com Moscou e o conflito sobre a censura europeia tornam-se "ossos da discórdia" nas relações entre as partes.
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