Requerimento para ouvir filho de Lula na CPMI pressiona governo às vésperas de 2026, diz mídia
12:42 21.12.2025 (atualizado: 16:05 21.12.2025)

© Foto / Fabio Rodrigues-Pozzebom /Agência Brasil
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A convocação do filho de Lula pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS acendeu um alerta no governo, já que o movimento pode impactar a estratégia eleitoral do presidente em 2026, enquanto a oposição tenta usar a investigação para desgastar sua imagem em pleno ano de campanha.
A CPMI que apura fraudes no INSS ganhou novo peso político após o relator, Alfredo Gaspar (UNIÃO-AL), apresentar requerimentos para convocar Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Segundo a CNN Brasil, o analista Teo Cury avalia que o movimento acende um alerta no governo e pode impactar a estratégia eleitoral de Lula em 2026.
Embora Lulinha não seja investigado pela Polícia Federal (PF), apenas a menção ao seu nome mobilizou a oposição, que vê na CPMI uma oportunidade para desgastar o presidente. Cury destaca que essa ofensiva enfrenta dois entraves imediatos: a maioria governista na comissão e o recesso parlamentar, que só termina em fevereiro de 2026.
O governo acompanha o caso com preocupação devido ao calendário eleitoral. Em ano de campanha, qualquer avanço da CPMI pode ganhar grande repercussão e ser explorado politicamente pelos adversários.
A oposição pretende transformar as fraudes no INSS em um dos principais flancos de ataque, enquanto o encurtamento do ano legislativo dificulta tanto o avanço das investigações quanto a blindagem do governo.
Apesar da pressão, Lula afirmou que qualquer pessoa envolvida em irregularidades — inclusive seus filhos — deve ser investigada, reforçando o discurso de que as fraudes estão vindo à tona porque sua gestão determinou que as apurações fossem feitas.
A CPMI do INSS foi criada após a revelação de um esquema de fraudes que envolvia concessões irregulares de benefícios, manipulação de sistemas internos e atuação de quadrilhas especializadas em burlar o órgão. As investigações da PF apontam que servidores, intermediários e empresários participavam do esquema, que ganhou dimensão nacional e pressionou o governo a adotar medidas de controle e transparência. O caso se tornou um dos principais focos de tensão política em Brasília, alimentando disputas entre governo e oposição em pleno ciclo pré-eleitoral.


