As opiniões quanto aos exercícios decorridos se dividiram: alguns se expressaram contra o aumento de tensões, outros acreditam que eles têm sentido.
Porém, ele admite que houve alguns erros durante as últimas manobras japonesas. Nomeadamente, não explicam como avaliar a potência de um projétil e as consequências das explosões, nem verificam se há abrigos e prédios seguros que poderiam proteger as pessoas no caso de um ataque.
"Tive a impressão que os exercícios tinham por objetivo reforçar o ânimo dos participantes e mostrá-lo para a mídia", disse à Sputnik Japão.
Especialista em assuntos japoneses, o professor Andrei Fesyun, por sua parte, acha que o principal objetivo das manobras foi influenciar a opinião pública.
"É surpreendente que os exercícios tenham sido realizados em um período quando a ameaça norte-coreana para o Japão diminuiu devido a alguns acordos nas vésperas das Olimpíadas [entre a Coreia do Norte e do Sul]. O fato de as autoridades japonesas terem iniciado as manobras diz apenas que o Japão pretende continuar utilizando a Coreia do Norte como a principal ‘história de terror' para seus cidadãos", opinou, acrescentando que isso também visa melhorar o ranking de aprovação do premiê Shinzo Abe, nem sempre muito alto.
"Se as pessoas estiverem prontas, terão chances de sobreviver", argumentou ele a favor dos exercícios.
No entanto, nem todos na sociedade japonesa apoiaram a iniciativa e por isso organizaram protestos, pois acreditam que os exercícios estão provocando ações militares.
"A nação japonesa está muito disposta, muitas vezes artificialmente, contra a Coreia do Norte. Porém, apesar disso houve pessoas que expressaram seus protestos, insistindo em continuar o diálogo com Pyongyang […] É uma prova que os japoneses entendem que os EUA estão utilizando a Coreia do Norte para manter a tensão no Nordeste da Ásia", concluiu Andrei Fesyun.