"Ninguém pode forçar o Irã a fazer isso. Enquanto houver terrorismo e o governo da Síria quiser, o Irã manterá sua presença [na Síria]. Aqueles que entraram no país sem a permissão das autoridades sírias devem sair", retrucou Bahram Kasemi, representante do Ministério das Relações Exteriores do Irã, citado pela Tasnim.
O anúncio foi feito depois da declaração do presidente Vladimir Putin em uma reunião com o presidente sírio Bashar Assad, em 17 de maio. O presidente declarou que, devido ao sucesso da luta do exército sírio contra o terrorismo e o início do processo político, as forças militares estrangeiras devem se retirar da República Árabe.
Como explicou o porta-voz presidencial Dmitry Peskov, diversas forças armadas estrangeiras presentes atualmente na Síria podem deixar o país no início do processo político, já que não têm base legal para permanecerem. Aleksandr Lavrentiev, representante especial do presidente russo para assuntos sírios, disse que contingentes estrangeiros deveriam ser retirados da Síria, incluindo as tropas dos Estados Unidos, Turquia e as forças libanesas do Hezbollah, especificando que as tropas russas permaneceriam por terem sido enviadas ao país com o consentimento de Damasco.
Segundo as FDS, as forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos estão alocadas na cidade de Manbij, no norte da Síria, desde que foi libertada dos militantes do Daesh há dois anos.
O presidente dos EUA estava pensando em retirar as tropas da Síria, mas depois de enfrentar uma forte oposição de autoridades norte-americanas, incluindo Brett McGurk, enviado especial à coalizão liderada pelos EUA, Mike Pompeo, novo secretário de Estado dos EUA, e Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto, ele decidiu manter as forças na Síria por mais algum tempo.