Afinal das contas, o que impede o encontro entre Putin e Trump hoje?

Recentemente, a mídia norte-americana relatou sobre a proposta de organizar um encontro entre os presidentes russo e estadunidense na Áustria. Porém, a disponibilidade de Viena para sediar tal reunião ainda não quer dizer que ela aconteça, disse à Sputnik o cientista político Sergei Kozlov.
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, apresentou a iniciativa de se encontrar com seu homólogo norte-americano, Donald Trump, nesse verão na Áustria, comunica o jornal The Wall Street Journal, citando um alto responsável europeu.

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De acordo com a edição, esta proposta foi anunciada pelo líder russo durante o encontro com o chanceler austríaco Sebastian Kurz, que prometeu discutir a iniciativa com o lado estadunidense.

Em uma conversa com a Sputnik, um representante do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca confirmou que as autoridades austríacas propuseram sediar o encontro entre os presidentes russo e norte-americano. Entretanto, a fonte observou que, apesar destas declarações, por enquanto Washington "não tem nada para anunciar a esse respeito".

Mais cedo, o assessor do presidente russo Yuri Ushakov comunicou que, em 20 de março, Trump e Putin tinham tido uma conversa telefônica, no decorrer da qual o líder norte-americano propôs organizar uma cimeira bilateral e referiu Washington como um possível local de encontro.

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Enteriormente, em uma entrevista ao canal de TV austríaco ORF, Putin expressou a opinião de que o seu encontro com Trump ainda não aconteceu devido a uma luta política acirrada nos EUA. Já o porta-voz da Presidência, Dmitry Peskov, falou que a questão de uma possível reunião entre os líderes "carece de informações concretas".

Ao falar com o serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Sergei Kozlov observou que uma reunião entre o líder russo e norte-americano seria, certamente, útil e proveitosa.

"Um encontro entre os presidentes russo e estadunidense, sem dúvida, desempenharia um papel positivo. Além de acordos concretos que podem ser alcançados nesse encontro, o importante seria o mero fato de ele ser realizado. Isso significaria que os presidentes russo e estadunidense estão dispostos a dar ao menos alguns passos em direção um ao outro", assegura.

Além disso, o especialista relembra que por muito tempo Trump "tem estado de mãos atadas" devido às acusações da alegada intervenção russa nas eleições norte-americanas.

"Um encontro entre os dois presidentes inclusive mostraria que Trump já pode agir sem olhar para o establishment de oposição e para as mídias", disse Kozlov.

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Entretanto, acredita ele, ainda é cedo para fazer prognósticos em relação à probabilidade de tal encontro.

"Agora, é cedo para fazer algumas previsões sobre o possível encontro entre os dois presidentes. Apesar de numerosas declarações do presidente dos EUA sobre sua disponibilidade de se reunir com o presidente da Rússia e, apesar da vontade do presidente russo de se encontrar com Donald Trump, o atual contexto em que de o líder dos EUA é obrigado a agir não é muito positivo.

Por isso, a vontade da Áustria de acolher um encontro dos dois maiores líderes mundiais ainda não quer dizer que ele se realize", concluiu.

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