A Sputnik vai descrever como um projétil perfurante de compósito rígido com sabot descartável e estabilizador de voo (APFSDS, sigla em inglês) pode literalmente perfurar a armadura de um tanque.
'Flecha em vez de porrete'
Seu impacto é colossal. Devido à sua massa relativamente pequena, 3,5 a 4 quilos, o núcleo do projétil imediatamente depois do tiro acelera significativamente até uma velocidade de cerca de 1.500 metros por segundo. Ao atingir a placa blindada, o projétil faz um pequeno orifício. Uma parte da energia cinética do projétil destrói a blindagem e a outra se transforma em calor. Os fragmentos quentes do núcleo e da blindagem são projetados para o espaço dentro da armadura, atingindo a tripulação e danificando os mecanismos internos do veículo. Neste processo, também ocorrem numerosos focos de incêndio.
Um impacto preciso do APFSDS pode desativar partes e mecanismos importantes, aniquilar ou ferir gravemente a tripulação, encravar a torre, romper os tanques de combustível e destruir o chassi. Estruturalmente as munições perfurantes modernas são muito diversas. Os corpos dos projéteis podem ser monolíticos ou compostos – um ou vários núcleos em um revestimento e também multicamadas longitudinais e transversais com diferentes tipos de empenagens.
Mango e Svinets
Para o canhão de 125 mm de cano liso dos tanques russos, ainda nos tempos soviéticos foi desenvolvida uma ampla gama de munições perfurantes. Esses projéteis foram desenvolvidos depois do surgimento dos tanques do potencial inimigo M1 Abrams e Leopard 2. O exército precisava com urgência de projéteis capazes de atingir os novos tipos de blindagem reforçada e de superar a proteção dinâmica.
Esse não é o único desenvolvimento da indústria da defesa russa. A mídia informou que, de propósito para o novo tanque T-14 Armata, foi criado e testado o APFSDS Vakuum-1 de 900 mm. Sua penetração em armadura é de quase um metro.