Em meio à crise orçamentária com UE, Itália descarta sair do bloco e da zona do euro

O chefe do governo italiano, Giuseppe Conte prometeu fidelidade à União Europeia, apesar das divergências entre Roma e Bruxelas sobre o orçamento proposto para 2019. O governo de coalizão, formado este ano pelo movimentos "Cinco Movimentos" e pelo partido Lega, recusa-se a seguir as regras orçamentais da UE.
Sputnik

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, defendeu o orçamento de grandes gastos do país, contrariando as regras fiscais da UE. Conte manteve o plano para 2019, segundo o qual o déficit não excederá 2,4% do produto interno bruto (PIB) da Itália, projetado para estimular o crescimento econômico.

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Apesar do crescente impasse entre o governo italiano e a Comissão Europeia, Conte pediu por um diálogo construtivo com o bloco e rejeitou as sugestões de que a Itália possa eventualmente sair da zona do euro.

"Leia meus lábios: para a Itália não há chance de um Italexit [referência ao Brexit britânico] sair da Europa ou da zona do euro", disse ele a jornalistas.

O orçamento reduz impostos e aumenta os gastos sociais, de acordo com as promessas de campanha dos dois partidos que formaram o governo este ano, o movimento "Cinco Estrelas" e o partido de direita anti-imigração Lega. Conte insiste que o crescimento "decolaria" como resultado dessas reformas.

No entanto, o orçamento proposto entra em conflito com o acordo entre a União Europeia e o governo anterior da Itália, já que o déficit é três vezes o limite acordado e quebra as regras fiscais da UE. 

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Preocupada com a desobediência de Roma, a Comissão Europeia espera decidir sobre seu plano de ações para a Itália durante uma reunião em 23 de outubro. O ógão criticou a proposta de orçamento da Itália e classificou a medida como uma "violação sem precedentes das regras da UE". Bruxelas também exigiu uma explicação do governo italiano.

De acordo com o The Wall Street Journal,a  reclamaç início de um procedimento formal que poderia terminar com a Itália sendo punida pelo bloco. A UE poderia eventualmente rejeitar o plano orçamentário e impor multas ao país.

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