Estudo revela com quem humanos modernos de 100 mil anos atrás mantinham sexo

Cientistas da Universidade Temple dos EUA publicaram um estudo revelando que humanos modernos que viviam na Europa há 100 mil anos tiveram relações sexuais e descendência com os Neandertais – que subiram vindos da África – em frequência muito maior do que era imaginado.
Sputnik

O DNA de todos os humanos da atualidade — exceto o dos africanos — contém uma pequena porcentagem do genoma neandertal. Trata-se de 2% a 6%, de acordo com o estudo. Os Neandertais se estenderam pela Europa e Ásia procriando com humanos modernos.

"Nós encontramos […] que um simples modelo de um simples cruzamento [entre ambas as espécies] não coincidia com os dados empíricos e que se concordava com cruzamento múltiplo de genes entre europeus e as populações do Leste Asiático. Houve uma interação entre humanos e Neandertais muito mais duradoura do que imaginado", explicam os cientistas.

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A pesquisa indica que a proporção de descendentes de Neandertais nas populações atuais do Leste Asiático seja entre 12% e 20% maior em comparação àquela presente no genoma dos europeus. Essas variações na expressão genética afetam nossa propensão para as doenças.

Para resumir o padrão assimétrico das frequências alélicas dos Neandertais, foi compilado o espectro de frequências dos fragmentos neandertais da Europa e do Leste Asiático para comparação com a teoria analítica e os dados simulados sob vários modelos de mistura de genes.

Assim, acreditamos que uma explicação provável para os nossos resultados é que o fluxo genético entre humanos e Neandertais era intermitente e contínuo, mas em uma região geograficamente restrita.

Além do mais, o estudo confirma que os Neandertais e os humanos modernos não só faziam sexo uma vez e pronto entre si, mas também com o Denisovan, uma subespécie de humanos modernos cujo único resto mortal encontrado corresponde ao dedo de uma menina que vivia em uma caverna na Sibéria entre 50.000 e 30.000 anos atrás.

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