Após 30 anos desde a desintegração da União Soviética e de os EUA se tornarem a superpotência indiscutível no Oriente Médio, a Rússia, em fase de renascimento, regressou à região.
Enquanto as empresas russas firmam contratos no valor de bilhões de dólares com seus parceiros no Oriente Médio, os líderes autoritários dos países que se encontram na região duvidam cada vez mais da dedicação de Washington ao Oriente Médio, especialmente olhando para a forte e imperiosa figura do presidente russo, indica a autora do artigo, Liz Sly.
De acordo com a edição, a "intervenção militar" russa na Síria em 2015 se tornou o passo mais importante que trouxe o apoio mais significativo a Putin, aumentado seu prestígio de líder bem-sucedido. Ademais, isso permitiu Putin a estar no ponto de junção de vários conflitos que se cruzam e afetam a região.
Em conclusão, a autora do artigo destaca que até hoje Washington continua tendo enorme vantagens econômica, militar e tecnológica sobre Moscou. No entanto, é evidente que é a Rússia quem resolve os problemas em uma região atingida por crises.
"No Oriente Médio, a Rússia conseguiu criar a impressão que é mais poderosa, mais capaz e mais importante e oportuna que os Estados Unidos. Não se trata do poderio que se possui. Mas de como usá-lo. Os EUA têm todas essas tropas e bases, enquanto a Rússia possui só uma parte disso. Mas ela usa seu poder com mais eficiência", comentou a situação na região o especialista do Instituto de Análise Militar do Oriente Médio e Golfo Pérsico, Riad Kahwaji.