"As relações russo-americanas continuam sendo um fator importante para garantir a estabilidade estratégica e a segurança internacional", informou a Presidência russa em um comunicado de Ano Novo.
Putin "confirmou que a Rússia está aberta ao diálogo com os Estados Unidos sobre o número máximo de temas", acrescentou o comunicado.
Em dezembro de 2017, Putin disse que esperava "normalizar" as relações com Donald Trump, mas as chances disso se evaporaram com múltiplas investigações da suposta intromissão de Moscou na política dos EUA.
Washington neste ano anunciou dramaticamente sua intenção de abandonar um importante acordo de armas nucleares da época da Guerra Fria — o Tratado das Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) — ao qual Putin respondeu que Moscou desenvolveria novos mísseis.
Putin também enviou mensagens a outros chefes de Estado, incluindo a britânica Theresa May e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Em sua mensagem a maio, Putin desejou ao povo britânico "bem-estar e prosperidade" em 2019. Em 2018, as relações entre Londres e Moscou foram seriamente prejudicadas pelo envenenamento do ex-agente duplo Sergei Skripal e sua filha Yulia em solo britânico. A Grã-Bretanha apontou o dedo para a Rússia, mas Moscou negou qualquer envolvimento.
Dirigindo-se ao presidente Erdogan, Putin sublinhou a "direção promissora" das relações entre Moscou e Ancara após a conclusão da fase offshore do gasoduto TurkStream sob o mar Negro e o início do trabalho na primeira usina nuclear da Turquia, que está sendo construída até Rússia.
"O chefe de Estado russo confirmou que as forças conjuntas de Moscou e Ancara tomarão uma decisão final sobre a luta contra o terrorismo na Síria e a continuação do processo de regulamentação política", pontuou o Kremlin.
Após o anúncio surpresa da retirada das forças dos EUA da Síria, a Rússia e a Turquia concordaram no sábado em "coordenar" suas ações no terreno, incluindo o retorno de refugiados e a criação de uma zona desmilitarizada em Idlib, o último bastião de rebeldes no país.