Essa é a ideia que está por trás de um sistema de armas conhecido como "Varas de Deus" (Rods From God, em inglês), que há décadas está na mente dos militares da Força Aérea dos EUA e de outros especialistas, de acordo com o artigo do analista Lee Ferran para a RealClearLife.
Um destes redescobrimentos ocorreu em 2002, quando o centro de investigações militares RAND analisou o alcance deste conceito em um estudo sobre as armas espaciais. Os analistas assinalaram na época que a ideia seria "criar um veículo de reentrada pequeno, sólido, comprido e estreito, de um material de alta densidade", como, por exemplo, "um haste de tungstênio de 1 [metro] de comprimento e com um peso de aproximadamente 100 [quilogramas]".
O RAND explicou que o objeto deveria ser bastante grande para sobreviver às temperaturas que ocorrem ao passar através da atmosfera terrestre, porém, “de preferência” bastante pequeno para não causar uma "extinção maciça".
Um ano depois do estudo, em 2003, a Força Aérea dos EUA mencionou os "feixes de varas de hipervelocidade" como um conceito de sistema futuro, em um documento de estratégia em que precisou que estas "proporcionariam a capacidade de atacar do espaço alvos terrestres em qualquer parte do mundo".
De acordo com Ferran, existem "bastantes motivos" para que na órbita ainda não haja dezenas de satélites "repletos de varas de tungstênio, esperando converter os búnkeres profundamente enterrados em crateras".
Por outro lado, de acordo com o estudo do RAND, o combustível necessário para empregar e desorbitar estas "varas" deveria ter um peso "aproximadamente 50 vezes maior" do que o das próprias armas.