O próprio presidente americano Donald Trump criticou várias vezes o programa dos F-35 como estando "fora de controle".
A Lockheed Martin fez uma nova proposta de preço ao Pentágono do seu caça mais acessível, o F-35A.
O repórter investigativo Dave Lindorff disse à Sputnik International que os verdadeiros custos de produção de aviões tanto da Lockheed como da Boeing são muito inferiores ao preço que é pedido pelas empresas.
"Este é o exemplo perfeito e a razão de os EUA terem o equipamento militar mais caro do mundo. É o que Seymour Melman, engenheiro industrial da Universidade de Columbia e crítico de longa data das Forças Armadas americanas, chamou de 'capitalismo do Pentágono'", sublinha Lindorff.
Segundo Dave Lindorff, os fabricantes de armamento tais como a Lockheed Martin e a Boeing negociam contratos baseados em custos inflacionados artificialmente, o que lhes garante um bom lucro independentemente das inevitáveis derrapagens, sendo que às vezes leva vários anos ou até mesmo várias décadas até que o armamento passe da fase de projeto e chegue à produção. O resultado é que o preço do armamento tem pouco ou mesmo nada a ver com os verdadeiros custos de produção.
Lindorff explicou que toda essa situação se agrava ainda mais quando o Departamento de Defesa dos EUA adiciona novos requisitos ou introduz mudanças na missão à qual a arma é destinada.
O programa de produção dos caças F-35 é conhecido como o sistema de armamento mais caro dos EUA, tendo sido várias vezes criticado por Donald Trump devido a seus problemas de fiabilidade desde que este foi eleito presidente e prometeu reduzir os gastos nas aquisições militares.
Porém, Dave Lindorff acredita que, enquanto os maiores fornecedores do país lutam por contratos lucrativos, quem está realmente a perder são os cidadãos americanos.