"Essa é uma situação muito difícil. Algumas pessoas sugeriram que parássemos os combates, mas não vamos deixar a 101ª [Divisão Aerotransportada] no meio das forças de defesa russas, sírias, iranianas, da Al-Qaeda [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países], turcas", disse o assessor do presidente Donald Trump durante discurso na Fundação Heritage. "Não é algo com o qual vamos comprometer os soldados americanos neste momento".
Segundo O'Brien, por enquanto, os EUA vão se concentrar em apoiar a Turquia na frente humanitária, "com a crise de refugiados que eles estão enfrentando".
"Sentimos que estamos fazendo muito na Síria", disse ele.
Ainda de acordo com o conselheiro de Segurança Nacional, a recente escalada dos conflitos no noroeste da Síria serviu para ensinar ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que confiar na Rússia como parceiro e aliado pode não ser sempre uma boa ideia, especialmente em um lugar como a Síria.
As tensões em Idlib aumentaram devido a uma ofensiva do Exército Árabe Sírio para retomar o controle de áreas dominadas por grupos armados rebeldes, incluindo alguns apoiados pela Turquia, que, por sua vez, mantém tropas na região, sem autorização de Damasco, desde o final de 2017. Os confrontos desencadearam um conflito direto entre forças turcas e sírias na província, onde um regime de cessar-fogo foi estabelecido na semana passada, após um acordo entre Erdogan e o presidente Vladimir Putin, da Rússia, principal aliada do governo sírio.