Nesta terça-feira (7) o Tesouro dos Estados Unidos anunciou um conjunto de novas sanções para três países: Irã, Síria e Uganda.
No Irã, o governo Biden aplicou sanções a Gholamreza Soleimani, comandante das forças Basij, integrante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), de acordo com a Reuters.
Em seu anúncio, o Tesouro acusou Soleimani de liderar as forças Basij quando elas estavam envolvidas em "violentas repressões no Irã", inclusive contra manifestantes.
O Departamento dos EUA afirmou ainda que a força estava ligada à matança de "centenas de homens, mulheres e crianças iranianos".
O Departamento dos EUA afirmou ainda que a força estava ligada à matança de "centenas de homens, mulheres e crianças iranianos".
O Tesouro também emitiu sanções contra várias outras entidades iranianas e indivíduos supostamente envolvidos na "repressão violenta de manifestantes pacíficos e prisioneiros de consciência".
As medidas punitivas foram introduzidas contra as Unidades Especiais das Forças de Execução da Lei do Irã (LEF, na sigla em inglês), seu comandante Hassan Karami, a governadora da cidade de Qods, Leila Vaseghi, o brigadeiro-general da Base Operacional de Quds Sudeste do IRGC, Mohammad Karami.
Duas prisões e um diretor penitenciário também foram colocados na lista negra por conta de eventos que supostamente ocorreram nelas.
Em resposta, o Irã criticou os Estados Unidos por impor novas sanções dias antes do início das negociações em Viena sobre o resgate do acordo nuclear com o Irã de 2015.
"Mesmo em meio às conversas em Viena, os EUA não podem parar de impor sanções contra o Irã", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Saeed Khatibzadeh, no Twitter.
Entretanto, não foi só o país persa que sofreu sanções nesta terça-feira (7), o governo Biden também divulgou restrições a outros países, todas elas elaboradas no âmbito de alegadas violações dos direitos humanos.
Na Síria, o Tesouro colocou na lista negra dois oficiais graduados da Força Aérea Síria, os quais foram acusados de serem responsáveis por ataques com armas químicas contra civis. Ao mesmo tempo, três oficiais graduados do aparato de segurança e inteligência do país também foram sancionados, segundo a mídia.
Já em Uganda, o major-general Abel Kandiho, também foi atingido por sanções por supostos abusos de direitos humanos cometidos sob sua supervisão. O Ministério da Defesa e Assuntos de Veteranos de Uganda divulgou uma nota no Twitter condenando as sanções e que estavam decepcionados com a decisão, uma vez que acreditam que a mesma foi tomada sem o devido processo.
Segundo o órgão norte-americano, o Tesouro "continuará a se defender contra o autoritarismo, promovendo a responsabilização pela repressão violenta de pessoas que buscam exercer seus direitos humanos e liberdades fundamentais", disse Andrea Gacki, diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro.
A ação do órgão contra os países mencionados congela todos os ativos norte-americanos daqueles que entraram na lista negra, e geralmente impede que estadunidenses negociem com eles.