"Eles me colocaram em um albergue perto de uma estação ferroviária. Fiquei cerca de uma semana lá esperando a entrevista. Durante esse tempo, fui constantemente visitado por pessoas como eu, que tinham que passar por uma entrevista e depois ir trabalhar com drogas na Rússia. Certamente algumas dezenas de pessoas partiram para a Rússia durante a minha estadia. Ao longo do teste no detector de mentiras, eles estavam interessados em perguntas específicas, como a possibilidade de eu roubar dinheiro ou se eu tinha conexões com a polícia", narrou Aleksandr.
"Você tinha que saber o seu disfarce em detalhes, por que você estava indo para a Rússia. 'Deus me livre que a operação seja interrompida por sua causa', eles nos diziam. [Porque] havia rumores sobre estragos [que teriam sido feitos durante a operação] sendo consertados. Particularmente, eu sempre me apresentei como um operário do setor de construção. Mas, na realidade, eu estava transportando produtos químicos reativos, pelos quais me prometeram US$ 5 mil [R$ 23,7 mil] por mês", disse Viktor.