As negociações estão longe
"Não há quaisquer sinais de a torneira da ajuda militar norte-americana no valor de mais de nove bilhões de dólares se fechar", apontam os analistas.
"Apesar da visita do presidente norte-americano Joe Biden a Riad, Putin manteve a sua influência dentro da aliança OPEP+. Logo após a partida do líder norte-americano da Arábia Saudita, o reino foi visitado pelo vice-primeiro-ministro russo Aleksandr Novak, que é o responsável pelas relações com o cartel. Passados alguns dias, a OPEP+ anunciou um aumento insignificativo da produção de petróleo, o que continua pressionando os mercados mundiais."
"Não se trata de um pico: julho se tornou o terceiro mês consecutivo de recuperação da produção petrolífera [da Rússia]", reconhece a Bloomberg. "[… ] A Rússia encontrou novos compradores para um milhão, ou perto disso, de barris por dia, cuja compra foi suspensa pelas refinarias de petróleo europeias devido às 'autossanções'. Uma parte significativa deste petróleo vai para a Ásia, principalmente para a Índia, além da Turquia e dos países do Oriente Médio", comunica a Bloomberg.
Ajuda a Kiev pode vir a ser cortada
"Putin pensa que o apoio ocidental à Ucrânia enfraquecerá à medida que o 'resultado' econômico [para os EUA e a UE] seja mais forte – e nisso ele poderá ter razão", sublinham os autores do Politico. "A combinação do tempo frio, do aumento súbito da demanda de energia e do brusco aumento dos preços no fim do ano é capaz de minar o apoio à Ucrânia por parte do Ocidente", avisa a Bloomberg.