O comércio entre a China e a África subiu no ano passado para um recorde de US$ 282 bilhões (R$ 1,47 trilhão), um aumento de 11% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo aumento dos preços das commodities e pela reabertura da China após a COVID-19.
De acordo com as autoridades alfandegárias chinesas, as exportações para a África totalizaram US$ 164,49 bilhões (R$ 860,5 bilhões) nos últimos 12 meses, um aumento de 11,2% na comparação com o período anterior.
As importações chinesas do continente cresceram em ritmo semelhante, atingindo US$ 117,51 bilhões (R$ 615,3 bilhões) no mesmo período.
Vários países africanos assinaram acordos com a China que permitem a exportação de produtos agrícolas, como malagueta, castanha-de-caju, sementes de sésamo e especiarias.
Os números do ano passado se devem, em parte, aos preços mais altos das commodities, já que recursos naturais como petróleo bruto, cobre, cobalto e minério de ferro representam uma grande parcela das exportações da África para a China.
A África exporta para Pequim principalmente matérias-primas, enquanto compra maquinário, eletrônicos e têxteis, o que resulta em um superávit favorável à China. Nos últimos anos, porém, o governo chinês introduziu políticas para aumentar importações do continente.
No ano passado, por exemplo, a China permitiu que dezenas de países africanos, incluindo Tanzânia, Etiópia e Uganda, começassem a exportar alguns de seus produtos com isenção de impostos, na tentativa de corrigir o desequilíbrio na balança comercial.
A China é o maior parceiro comercial bilateral da África desde que ultrapassou os EUA, em 2009.