"O Canadá está altamente interessado em promover a cooperação em IA [inteligência artificial], computação quântica e outras tecnologias avançadas com um nexo de defesa com nossos aliados mais próximos", disse Anand a repórteres em Ottawa.
O governo canadense quer aproveitar de compartilhamento de informações e desenvolvimento de tecnologias avançadas do AUKUS, inclusive recursos de defesa submarina, mas só quer participar do componente não nuclear do acordo de segurança, cita a agência o jornal The Globe and Mail.
Dado o fato de que o país já faz parte da aliança de inteligência Cinco Olhos entre Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e EUA, a não inclusão do Canadá no AUKUS foi percebida por alguns como um desprezo pelo país, de acordo com o artigo da Reuters.
"Nossos laços com nossos aliados dos Cinco Olhos são fortes e, de fato, continuamos interessados em promover a cooperação em IA e outros esforços de inovação com nossos aliados", disse Anand.
AUKUS em poucas palavras
Em setembro de 2021 Camberra, Londres e Washington formaram o pacto AUKUS, que prevê a entrega de submarinos movidos a energia nuclear à Austrália até 2040.
A aliança está focada no compartilhamento da capacidade militar, incluindo ciberinteligência, inteligência artificial e tecnologias quânticas, mas também armas hipersônicas e os submarinos em questão, movidos a energia nuclear.
Embora o AUKUS afirme não se concentrar em nenhum adversário específico, ele é claramente, por sua estrutura e por comentários de suas nações integrantes, destinado a "dissuadir" a China na região do Indo-Pacífico.
O acordo causou controvérsia em todo o mundo porque a Austrália é um Estado livre de armas nucleares, não tendo sequer um programa nacional de energia nuclear, o que significa que toda a tecnologia deve ser importada e adaptada dos Estados Unidos.
Os submarinos da classe Virginia usam urânio militar como combustível, o que aumenta os temores de proliferação nuclear.