A chanceler também declarou, em entrevista à Bloomberg TV, que a Alemanha apoia a investigação do bloco europeu sobre os subsídios que Pequim fornece à sua indústria de veículos elétricos.
"Se você estiver muito próximo, você pode se colocar em perigo", acrescentando que "reduzir a dependência alemã" sobre a Rússia era necessário, "mas agora também no que diz respeito à China", disse a chanceler.
Entretanto, enfatizou que a Europa deveria procurar reduzir os riscos com Pequim, mas não dissociar-se, "porque não se pode dissociar em um mundo interligado".
"Ser parceiro nas questões climáticas, ser concorrente da China no que diz respeito às novas tecnologias, mas também ver que somos rivais sistemáticos e que temos de proteger as nossas próprias vulnerabilidades. Mas deveríamos ser capazes de nos defender e não ser ingênuos", acrescentou.
Na semana passada, a Comissão Europeia anunciou a investigação antisubsídios na semana passada, que poderá levar não só a tarifas sobre as importações de veículos elétricos fabricados na China, mas também a retaliações de Pequim.
Seria uma escalada perigosa para a UE, cujo setor automóvel é responsável direta ou indiretamente por quase 14 milhões de empregos – ou 6,1% da força de trabalho do bloco.