"Da nossa parte, nas reuniões anteriores foi expressa uma posição clara: a presença da Rússia é necessária para alcançar progressos no processo de negociação. Infelizmente, nem todos os nossos parceiros apoiam esta posição", declarou a fonte.
Apesar da declaração, a fonte se recusou a responder sobre quais países seriam contrários à presença da Rússia nas negociações.
No final de junho, algumas negociações sobre a Ucrânia ocorreram na capital dinamarquesa, Copenhague, com a participação de membros do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), alguns países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e representantes de Kiev.
Na reunião, foram discutidas diferentes formas de implementar a chamada "fórmula da paz" do presidente ucraniano Vladimir Zelensky, mas nenhuma declaração conjunta foi produzida.
Posteriormente, a Arábia Saudita organizou conversações de paz sobre a Ucrânia durante o primeiro fim de semana (5) de agosto de 2023 na cidade de Jidá, para as quais convidou representantes de cerca de 40 países, mas não da Rússia.
A Rússia lançou a operação militar especial na Ucrânia em resposta ao pedido das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), anteriormente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, por assistência contra o genocídio de Kiev.
A parte russa reiterou repetidamente a sua vontade de manter o diálogo com a Ucrânia. Em 28 de fevereiro de 2022, os dois países iniciaram negociações para chegar a um acordo, mas não tiveram sucesso. A última rodada presencial destas consultas foi realizada no dia 29 de março de 2022 em Istambul, a portas fechadas. Desde então, após a visita surpresa do então primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, não apenas se recusou a dar continuidade às negociações com Moscou, como também assinou um decreto em outubro de 2022 sobre a proibição de tais conversações com o presidente russo, Vladimir Putin.